Quando fazer a troca de óleo do motor da moto

Por Julio Benck

Entenda os motivos que exigem a troca de óleo do motor da moto nos prazos indicados, na quantidade correta e nas especificações recomendadas pelo fabricante

A troca de óleo do motor da moto exige certos cuidados especiais, se comparada com a troca de óleo em carros de passeio. De qualquer forma, um dos principais cuidados não é diferente: na dúvida, o certo é consultar o manual do proprietário.

Quando fazer a troca de óleo do motor da moto

Em relação ao prazo para a troca do óleo, por exemplo, motos precisam de menos tempo, se comparadas aos veículos em quatro rodas. Se neles a quilometragem recomendada é em torno de 10 mil, para motocicletas essa distância cai para 3 mil km.

Existem motociclistas, principalmente os mais experientes, que acreditam que a troca de óleo do motor da moto deve ser feito a cada mil quilômetros. Tal media era até válida nos anos 80, quando os motores eram menos duráveis e a tecnologia de fabricação de óleos não era tão evoluída.

Hoje, existem óleos desenvolvidos até para marcas específicas, como o Yamalube, feito exclusivamente para motos da Yamaha, dentro das modernas especificações da norma SL.

Sinais de que é hora de mudar o óleo da moto

Embora a periodicidade normal seja de 3 mil quilômetros entre as trocas, para a primeira troca, geralmente recomenda-se fazer assim que rodar mil quilômetros.

Outro detalhe importante é que, se o prazo recomendado pelo fabricante para troca de óleo do motor da moto não for respeitado, os sinais apresentados costumam enganar o motociclista relapso.

Isso acontece porque, quando o óleo já passou da validade, a moto passa a rodar com o motor mais solto, principalmente pela diminuição na quantidade. De fato, aparentemente a performance melhora, mas isso é apenas um sinal de que há menos óleo em circulação, o que não demora muito a cobrar um preço caro.

Após pouco tempo, o motor começa a apresentar aumento no ruído, tornando-se mais barulhento. É o sinal de que as peças do motor que já não estão sendo lubrificadas estão em atrito. Se a reposição ou a troca não for feita imediatamente, há sério risco de fundir o motor.

Portanto, se você já não faz a troca de óleo do motor da moto há algum tempo e subitamente ela começar a rodar com mais desenvoltura, cuidado, pode ser que seu motor esteja pedindo arrego.

Sintomas de óleo a mais no motor

Um dos principais sintomas de que foi utilizado óleo em excesso é o vazamento pela junta do cabeçote, mas ele pode acontecer por outras partes do motor e pode nem ser tão grave, já que é bastante comum uma certa quantidade de óleo extravasar por ele.

Sendo assim, o ideal é sempre, haja o que houver, seguir as recomendações do fabricante para a quantidade correta de óleo.

Óleo em excesso pode provocar a entrada do fluido no interior do motor, dificultando o movimento dos pistões. Se houver óleo nesse espaço que eles percorrem, pode haver um choque contra o líquido, cuja força do impacto é suficiente para causar o empenamento da biela.

Existem motociclistas que colocam óleo quase no limite mínimo demarcado na vareta que sai do motor. Essa medida faz com que o motor rode mais solto, mas ao mesmo tempo, como há menos óleo, o desgaste é mais rápido, tanto de peças como o do próprio óleo.

Além da quantidade, é muito importante observar as especificações do óleo a ser utilizado. Há quem recorra a óleos de base sintética, acreditando que haverá melhora na performance. Também há motociclistas que usam óleo de carro na moto, o que é um erro ainda mais grave.

Óleos para motos diferenciam-se dos que são usados em carros porque eles lubrificam também o sistema de embreagem.

Quando um fluido de viscosidade diferente da recomendada passa a lubrificar o sistema, como o sintético, ocorre a formação de uma película nos discos de embreagem que podem fazê-la patinar.

Quando o assunto é óleo para moto, não se pode arriscar: o certo é seguir o manual de instruções e jamais usar óleo em excesso.