Por Julio Benck


As despesas implicadas na propriedade de carros são, certamente, o maior custo que ele deverá gerar. Dependendo de quanto tempo um mesmo motorista fique com um carro, os gastos com sua manutenção podem ser suficientes para comprar um novo em menos de cinco anos.

Tendo em vista o volume de recursos que manter um carro representa, resolvemos preparar este artigo. Aqui, você poderá saber o quanto um carro é econômico por meio das principais referências utilizadas oficialmente pelo mercado.
Estímulo governamental à redução do desperdício

Quando o assunto é economia na utilização de bens de consumo duráveis, no caso dos automóveis, a principal referência é o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) é similar àquela que os brasileiros já se acostumaram a ver fixadas em eletrodomésticos.

O programa é uma das iniciativas desencadeadas pelo governo federal em função do Conpet. Desde 1991, o Programa Nacional de Racionalização do Uso de Petróleo e Gás Natural vem desenvolvendo iniciativas visando a sustentabilidade.

Para isso, o programa visa uma completa modificação da cultura de consumo brasileira, por meio da promoção de estatísticas e estudos que incentivem comportamentos anti desperdício.

O Conpet, portanto, pode ser percebido nas diversas maneiras que mantém para estimular o uso eficiente dos recursos energéticos. Seja em residências, nos transportes ou na indústria, é certo que algum tipo de intervenção do programa será percebida. Isso porque o foco do Conpet é também educacional.
Dados oficiais indicam carros que menos consomem

O PBEV é atualizado periodicamente, e nele motoristas, empresas, consumidores e a própria indústria automotiva têm uma importante referência. Desde 2009, numa parceria com o Inmetro, Petrobras, ANP e IBAMA, são divulgados os resultados de testes de emissão realizados nos modelos das principais montadoras do Brasil.

Um ponto que deve ser destacado é a não obrigatoriedade de participar do programa. Ao contrário dos eletrodomésticos, que são avaliados compulsioriamente, no caso do PBEV os fabricantes de veículos participam do forma voluntária.

Em 2017, 35 montadoras disponibilizaram 1058 modelos de carros para avaliação. A grande adesão mostra o sucesso do programa e a disposição das montadoras em mostrar à sociedade que vêm participando das iniciativas em reduzir o consumo de combustíveis fósseis.

Na avaliação, os veículos são classificados dentro de uma escala que vai da nota A a E, com A sendo a melhor possível. Há, ainda, a subdivisão dos modelos avaliados, que recebem notas dentro de suas respectivas categorias e no geral, em que são ranqueados todos os carros participantes.

Os veículos avaliados são todos eles categorizados como leves, ou seja, são carros de passeio. Veículos a Diesel não são avaliados, portanto, um dos critérios para estar no ranking é o funcionamento do motor ser a Etanol, Gasolina ou ambos (Flex).

As categorias consideradas no PBEV são:
microcompacto
subcompacto
compacto
médio
grande
extragrande
esportivo
picape
utilitário esportivo grande
utilitário esportivo
compacto
fora de estrada compacto
fora de estrada grande
comercial leve
minivan
carga derivado de veículo
de passageiro

Depois de avaliados, cada modelo recebe um selo ENCE, em que consta sua nota no PBEV e os respectivos consumos para Etanol e Gasolina, na cidade e na estrada.
IBAMA também divulga seu ranking de consumo

Embora menos conhecido que o ranking elaborado pelo Inmetro, o ranking do IBAMA também é uma das fontes de informação para saber quais são os carros mais econômicos. O Selo Nota Verde adota critérios um pouco diferentes dos que o Inmetro utiliza em suas avaliações. Os veículos recebem entre uma e 5 estrelas, de acordo com a soma dos seguintes critérios (informações no site do Ministério do Meio Ambiente):

I – Por baixa emissão de poluentes convencionais (CO, NMHC e NOx):

– entre 80% e o limite = 1 estrela

– limite entre 60% e 80% = 2 estrela

– Modelo atendendo abaixo dos 60% do limite = 3 estrelas

II – Nível de emissão de CO2, calculado a partir do valor de emissão homologado, descontando-se a parcela “etanol” (17,7% para E22 e 100% para E100) e, no caso dos veículos a álcool ou flex, fazendo-se uma média entre a emissão com E22 e com E100:

– Abaixo de 80 g/km = 1 estrela

III – Combustível utilizado:

– Veículo movido a combustível renovável (flex ou dedicado), híbrido ou elétrico = 1 estrela

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