Por Julio Benck


O airbag para moto existe, e não é uma invenção recente. Dependendo de quem seja considerado o pai da criação, podemos creditar, pelo menos, 18 anos de história ao dispositivo de segurança.

Há motivos de sobra para pensar em adquirir um airbag para ser utilizado enquanto se pilota. Os acidentes com motocicletas são os principais responsáveis por mortes no trânsito. Em cidades como Porto Alegre, acidentes com motos estão ligados a 80% das mortes ocorridas no trânsito.
Afinal, quem é o real inventor do airbag para moto?

Em 1995, o engenheiro japonês Kenji Takeuchi passou a pesquisar por uma solução que protegesse motociclistas de quedas enquanto pilotavam. O foco do dispositivo de segurança seria em proteger as partes do corpo mais expostas em caso de quedas, como pescoço e coluna vertebral.

Quatro anos mais tarde, em 1999, era lançado o Hit Air, cuja produção ficou a cargo da empresa japonesa Mugen Denko, com sede na cidade de Nagoia.

Esta é uma das possíveis origens do airbag para moto. A outra data de 1976, e teria sido obra de um húngaro, Tamás Straub. O registro da invenção foi feito em 1977 e uma cópia do documento que comprova a invenção está até disponível online para consulta.

Há, ainda, um outro tipo de airbag, esse sim, parte integrante da moto. O dispositivo foi lançado em 2005, como um dos itens de série da moto gran turismo Honda Gold Wing. Nela, em caso de queda, uma bolsa de ar é inflada diante do motociclista, da mesma forma que os airbags de carros.
Como funciona o dispositivo que protege motociclistas

A instalação de airbags acoplados às motos ainda não foi disseminada a ponto de equipar modelos populares. Em motos grandes como a Gold Wing é até possível colocar um airbag dentro do painel, mas em motos de baixo custo, esse seria um desafio difícil de superar.

Enquanto não vemos CGs equipadas com airbag para moto, a alternativa é recorrer ao airbag acoplado à jaqueta do motociclista.

Seu princípio de funcionamento é bastante simples. Um cabo de aço, preso à jaqueta do motociclista, liga-se à moto em sua outra extremidade. Caso haja uma queda, o cabo se tensiona, o que provoca o acionamento das bolsas de ar inseridas na vestimenta.

Todo o processo dura (de acordo com o inventor húngaro) entre 0,1 e 0,3 segundos. Esse tempo seria suficiente para proteger pescoço, tronco, coluna vertebral, clavícula e cóccix.

Como todo mecanismo, o airbag acoplado às jaquetas de motociclistas está ainda sendo aperfeiçoado. O esforço de pesquisadores e cientistas é desenvolver um equipamento que seja acionado no tempo certo para proteger motociclistas em caso de queda.

O sensor de acionamento funciona bem em pistas de corrida, mas no trânsito urbano, sujeito a mais variações de velocidade, ainda há que aprimorar. Em derrapagens, por exemplo, haveria o risco de o airbag não ser acionado. Isso porque pode acontecer de o motociclista não se desvencilhar totalmente do veículo.

Uma outra opção, menos difundida no mercado, é o airbag para capacete. Desenvolvido por uma empresa espanhola e lançado em 2004, o dispositivo conta com sensores para ser acionado. Em caso de queda, eles são responsáveis por detectar e interpretar sinais que identificam um possível impacto. Um airbag então é acionado, protegendo a coluna, na região cervical.
Quanto custa a jaqueta inflável

Os motociclistas que pretendam evitar lesões em caso de queda ou impacto vão precisar desembolsar valores relativamente altos para garantir sua segurança. Uma jaqueta airbag da marca Texx One,sai a R$ 1.790,00 à vista. Com acionamento em 0,05 milésimos conta com cilindro de CO2 trocável após uma queda.

Uma opção mais barata é a jaqueta airbag da Helt, vendida nas Lojas Americanas por R$ 1.062,90. O mecanismo de funcionamento é semelhante ao das outras jaquetas. Um cabo de aço preso à moto, em caso de queda, sinaliza que o motociclista sofreu um acidente, o que automaticamente aciona o dispositivo.

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