Por Julio Benck


Motoristas que têm o costume de rodar com o tanque na reserva precisam ficar atentos. Embora a reserva de combustível indicada no painel ainda permita trafegar entre cinco e oito quilômetros, essa quantidade é perigosa não apenas pelo baixo nível de combustível, mas pela possibilidade de danificar seriamente uma peça extremamente sensível, a bomba de combustível.

Entender o que ocorre no interior do motor de um carro e, especialmente dentro do tanque de combustível quando se utiliza a reserva por muito tempo, pode fazer repensar se vale a pena ou não manter essa prática tão prejudicial ao bolso, a longo prazo.
O que acontece ao dirigir com tanque na reserva

O motor pode ser bastante prejudicado em seu funcionamento caso o motorista decida dirigir (sempre) com o tanque na reserva. No entanto, o primeiro componente a ser danificado pelo constante acionamento da reserva é a bomba de combustível – uma peça cilíndrica que fica posicionada dentro do próprio tanque.

Assim que o motor do veículo é ligado, ela entra em ação, bombeando ininterruptamente combustível para o motor. O que não entra em combustão, por sua vez, retorna para o tanque, reiniciando o ciclo até ser consumido. Acontece que a bomba funciona com o auxílio de um motorzinho elétrico que, como tal, aquece quando funciona por períodos prolongados.

Aí que está a importância: o próprio fluxo de combustível faz com que o calor gerado nesse processo, arrefeça. Fica claro que menos combustível no tanque significa menos refrigeração para a bomba.
Potenciais prejuízos causados por usar demais a reserva de combustível

O primeiro prejuízo causado por esse hábito de circular constantemente com o tanque na reserva é a queima da bomba de combustível. Trata-se de uma peça relativamente cara, que pode custar até R$ 700, dependendo do modelo do veículo. Não menos importante, o motor de um modo geral acaba sofrendo danos.

Tanque de combustível vazio por muito tempo acaba virando depósito de detritos que entram no tanque ao abastecer o carro. Esses resíduos acabam sendo absorvidos pela bomba, que pode entupir ou jogar esse lixo dentro do motor, contribuindo para danificá-lo seriamente.

Outra conseqüência para motoristas que rodam com o tanque na reserva é ter o carro parado em via de trânsito, por falta de combustível. esta é uma infração do Código de Trânsito e, o motorista “econômico”, perderá quatro pontos na habilitação – infração média – e receberá multa de R$ 85,13. Ou seja, deixar para abastecer o mínimo, e só quando o painel acusa a reserva, é um barato que pode sair muito caro.

O ideal é sempre manter o tanque pelo menos a um quarto de sua capacidade total.

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