DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO


Após um dia inteiro de negociações entre representantes dos caminhoneiros e ministros do governo federal, nesta sexta-feira (24/5), as partes costuram um acordo para pôr fim à greve da categoria, que durou quatro dias, prejudicou o abastecimento de carros, ônibus e até aviões comerciais; impediu a distribuição de alimentos e prejudicou o funcionamento regular de serviços essenciais, como hospitais e transporte público.


De acordo com o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o governo se comprometeu a reduzir a zero a alíquota da Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) e manter a redução de 10% no preço do diesel, anunciada na quarta (23) pela Petrobras, pelos próximos 30 dias. Além disso, os reajustes do preço do diesel nas refinarias poderão ocorrer de 30 em 30 dias, contrariando a política da Petrobras de reajustes diários.

Segundo o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a Petrobras, voluntariamente, vai garantir a manutenção do preço atual por 15 dias, e o governo arcará com o impacto da manutenção do preço por mais 15 dias, garantindo que ele continuará o mesmo por 30 dias no total. A estimativa do Planalto é de que o custo da medida fique em R$ 350 milhões.

O governo também se comprometeu a reeditar em 1º de junho a tabela de referência do valor de frete cobrado pelos caminhoneiros, bem como mantê-la atualizada trimestralmente pela ANTT. Além disso, não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de transporte rodoviário de cargas e a União extinguirá as ações de reintegração de posse movidas contra os grevistas, cujo objetivo era a desobstrução das rodovias do país.

Confira a íntegra do acordo:



Gasolina fica como está
A longa negociação, contudo, não teve impacto sobre o preço da gasolina e seus sucessivos reajuste. Nenhuma medida sobre o combustível que abastece a maior parte da frota particular no país foi anunciada.

“O preço do diesel na refinaria está fixo. É nossa referência. Estamos falando apenas do diesel. Então, a cada mês, faremos ajuste e teremos votação orçamentaria para fazer frente a essa questão orçamentaria”, disse Eliseu Padilha. “O governo interveem quando o assunto é o preço na bomba compatível a realidade do brasileiro. Até a refinaria, a Petrobras trata das políticas”, disse o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.

Abecam mantém paralisação
Nove entidades aceitaram os termos da União. Apenas a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abecam), que reúne cerca de 700 mil caminhoneiros, não concordou com a proposta e se retirou, durante a tarde, da negociação. Para os associados dessa entidade, a greve continua.

Com informações Metrópoles.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Importante:
a) Comentários ofensivos, preconceituosos ou que incitem violência não serão aceitos;
b) Comentários que não digam respeito ao tema da postagem poderão ser excluídos;
c) O comentário não representa a opinião do blog.

A responsabilidade é do autor da mensagem.

É necessário colocar seu NOME e E-MAIL ao fazer um comentário.

Bottom Ad [Post Page]

468x60 - Americanas