Redação,Via Certa

itens de série de luxo

Se você vai comprar um carro zero-km hoje, difícil é encontrar um modelo sem ar-condicionado e direção hidráulica. Apenas as versões mais básicas de dois modelos de entrada são oferecidas sem esses itens. São elas: Mobi Easy, da Fiat, e Kwid Life, da Renault. E, no mercado de usados, exemplares que não contam com essas comodidades correm um sério risco de encalhar. Brasileiro não quer saber de carro “pelado”. Não mais.

Mas nem sempre foi assim. Em um passado não tão distante, tudo nos carros era opcional. E os pacotes tornavam caríssimos os modelos mais equipados. Os anos 70 e 80 foram tempos de carros espartanos ao extremo. Era o que se podia almejar, em tempos de inflação inclemente.

A reabertura das importações nos anos 90 trouxe para o País o ingresso de marcas como Toyota e Honda. Mas foi só com a chegada dos carros chineses, já nesta década, que as coisas realmente mudaram.

Afinal, para vencer a rejeição inicial do consumidor, esses modelos sem pedigree vinham “completinhos” de série. Quando a oferta de itens como ar-condicionado, direção hidráulica, conta-giros e trio elétrico chegou aos carros populares, o brasileiro sentiu o gostinho do conforto. E resolveu que não abriria mais mão dele.
Ar, direção e trio: o básico do dia a dia não era nada trivial

Ar-condicionado e direção assistida. Hoje, essa dupla é o mínimo que se espera de um carro, em qualquer região do País. Mas eles foram opcionais até mesmo em modelos de topo, como o Chevrolet Kadett GS. Tê-los implicava uma diferença de preço muito grande, que poucos estavam dispostos a pagar.

Quando o ar-condicionado era proibitivo, um prêmio de consolação era o “ar quente”. O sistema de ventilação forçada tinha um botão giratório de temperatura, que na zona quente permitia o aquecimento da cabine com o calor vindo do motor. Já era alguma coisa: deixava a cabine quentinha no inverno e facilitava o desembaçamento do para-brisa.

Vidros, travas das portas e retrovisores com acionamento elétrico compunham o chamado “trio elétrico”. Para ficar ainda mais luxuoso, antena elétrica. Que podia ser semiautomática ((havia um comando pelo qual o próprio motorista subia ou recolhia o item) ou automática (era acionada quando se ligava o sistema de som).

Até itens mais simples eram cobrados à parte

Limpador e lavador do vidro traseiro. Eles estão presentes em praticamente todos os hatches atuais. E nas poucas peruas que restam, também. Nos hatches e peruas do passado, porém, eram opcionais. Como a carroceria já saía de fábrica com os furos por onde passariam o braço do limpador e o bico do lavador, as versões “peladas” vinham com dois tampões de plástico sobre esses orifícios.

Vidro traseiro térmico. Também conhecido como desembaçador traseiro. Nas últimas safras dos Volkswagen Fusca e Brasília, já no início da década de 80, só as versões topíssimas traziam o equipamento. Mesmo na década seguinte, ele era opcional na maioria dos modelos compactos.

Inovações tecnológicas dos anos 90

Computador de bordo. Poder monitorar o consumo de combustível com alguns poucos toques é uma facilidade a que donos de modelos como Hyundai HB20, VW Gol e até o próprio Renault Kwid têm acesso. Mas um dia esse recurso já foi novidade e teve o pomposo nome de computador de bordo. Era uma prosaica tela com dois botões, em geral entre os difusores centrais de ar. E os dados eram mais limitados. Não era possível ver a autonomia restante, por exemplo.

Check control. Taí outro nome sonoro para um recurso para lá de ordinário. Tratava-se de um conjunto de luzes-espia que alertavam para anomalias como lâmpadas queimadas, desgaste de pastilhas de freio e nível de líquidos do radiador, fluido de freio e água para os lavadores dos vidros. Quem ofereceu o luxo primeiro foi a Fiat, em 1984, com as linhas Spazio e Oggi. Anos mais tarde, o item também causou furor no Kadett, da GM.

Hoje em dia, alguns desses alertas aparecem em qualquer modelo. É o caso de portas abertas ou cinto de segurança desafivelado. Popular queridinho do Brasil de hoje, o Onix exibe códigos numéricos no painel digital para avisar sobre problemas como lâmpadas queimadas.

Regulagem de altura para o assento do motorista e o volante. É verdade que esses dois itens ainda não são regra em todos os modelos à venda no mercado. Mas já chegaram aos modelos de entrada, em suas versões mais equipadas. Quando surgiram, no início de década de 90, só eram vistos em carros de luxo.

Com Informação Jornal do Carro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Importante:
a) Comentários ofensivos, preconceituosos ou que incitem violência não serão aceitos;
b) Comentários que não digam respeito ao tema da postagem poderão ser excluídos;
c) O comentário não representa a opinião do blog.

A responsabilidade é do autor da mensagem.

É necessário colocar seu NOME e E-MAIL ao fazer um comentário.

Bottom Ad [Post Page]

468x60 - Americanas