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Por CNN Brasil/Gustavo Lago
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A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) prevê uma queda de 90% das viagens corporativas para este trimestre em consequência da pandemia de Covid-19.

Mesmo após um leve crescimento nas emissões de passagens aéreas registradas em Janeiro e Fevereiro de 2020, em relação a mesma época do ano do ano passado, o mês de Março sofreu queda de mais de 50%.

Com isso, o primeiro trimestre fechou as contas no negativo. Resultado: Queda de 23% nas emissões de passagens aéreas pelas agências de viagens corporativas; e redução de 19,8% na movimentação financeira do setor. 

Com o isolamento e muitas empresas trabalhando em regime de home office, muitas empresas, que dependem de voos corporativos para enviar funcionários a reuniões em outros estados, por exemplo, foram afetadas após a suspensão de 90% das operações da malha aérea brasileira.

Segundo a , no último ano, foram emitidas mais de 4 bilhões de passagens aéreas (4.654.233.840), entre as companhias Gol, Azul, Latam, Avianca, Passaredo e Map.Deste total, cerca de 55% foram atribuídos às viagens corporativas, ou seja, às empresas que enviam funcionários a viagens de negócios.

Na ponte aérea “Rio de Janeiro – São Paulo”, conhecida por ser o principal eixo business do País, 70% dos bilhetes emitidos são destinados a esses executivos.

E em meio à crise e falta de voos, a tecnologia cortou gastos e trouxe agilidade na comunicação das empresas. Os encontros por videoconferência ficaram mais frequentes. 

“Essa onda de reuniões por videoconferência veio para acelerar o que já era uma tendência. Fez com que as empresas entendessem melhor este método. Acredito que este será o “novo normal”, afirmou Fernando Teixeira, diretor-executivo de tecnologia da Accenture América Latina.

A Accenture é uma empresa multinacional que presta consultoria em tecnologia em diversos países. Atualmente, 98% de toda equipe está em home office. Antes da pandemia, no Brasil, cerca de 4 a 5 mil funcionários estavam habilitados a fazer viagens a negócios, mas este cenário mudou.

“Sem dúvida, neste modelo que temos hoje, as reuniões à distância ou até mesmo workshop com clientes já se mostraram muito eficazes. “O contato humano ainda é importante. No entanto, gastos não essenciais serão cortados”.

Fernando Teixeira revela que o home office deve ir além de um computador ligado em casa. “A dificuldade maior não é a tecnologia; e sim a “cultura”. É preciso que as empresas invistam na liderança de times remotos para garantir a produtividade dessas equipes. Não adianta fornecer a tecnologia se a pessoa não está preparada para este recurso. Demanda um aprendizado; e as empresas precisam fornecer esta estrutura”, finalizou.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas faz a gestão de 27 agências do segmento e avalia que a tecnologia vai interferir positivamente nas relações das empresas, mas que parte dos encontros não vai deixar de acontecer. 

“Existem muitos assuntos sensíveis que devem ser discutidos pessoalmente, por esses empresários e executivos. Como o ato de fechar um negócio, por exemplo”, explica Genasio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.

Por outro lado, viagens técnicas para visitar a estrutura de um evento, por exemplo, devem ser reduzidas com o apoio da tecnologia. “Por meio de uma videoconferência, responsáveis por este setor poderão fazer estes encontros à distância”, conclui o presidente. 

Marcelo Reis, especialista em gestão empresarial e consultor de empresas, afirma que a otimização do tempo e a redução dos gastos que envolvem uma viagem pautarão as discussões sobre o futuro das organizações. 

“Nos próximos 5 ou 10 anos todas as empresas serão reformuladas. A questão é: Eu preciso realmente me deslocar? Vejo neste período uma troca de modal. Além da videoconferência, em muitos casos, ao invés de enviar uma pessoa a uma cidade ou até mesmo a um país, para uma reunião de negócios, as empresas devem formar equipes terrestres locais para atuar em diversas regiões”, finalizou Marcelo Reis.

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