Hoje é comemorado no mundo inteiro o Dia Mundial sem Carro. Este movimento começou em algumas cidades da Europa nos últimos anos do século 20, e desde então vem se espalhando pelo mundo, ganhando a cada edição mais adesões nos cinco continentes.
Trata-se de um manifesto para a reflexão sobre os gigantescos problemas causados pelo uso intenso de automóveis como forma de deslocamento, sobretudo nos grandes centros urbanos, e um convite ao uso de meios de transporte sustentáveis – entre os quais se destaca a bicicleta, o metrô e o transporte coletivo em geral.
Esse ano no Brasil algumas cidades prepararam eventos especiais para comemorar a data, por exemplo, no Rio, será proibido o estacionamento no centro da cidade. Em São Paulo, os motoristas só poderão usar as faixas reversíveis se estiverem com pelo menos um passageiro. Aqui em Natal, os taxistas estão desconto de 20% para quem deixar o carro em casa e pegar um táxi.
Essas ações são válidas, pena que seja apenas por um dia. Não é fácil abandonar o velho hábito (e conforto) de deixar o carro em casa e utilizar outros transportes. Hoje no Brasil o transporte público não é nem um pouco convidativo e o caminho é inverso, quanto mais passa o tempo, mais as pessoas querem se livrar do ônibus e comprar o seu carrinho.
Não sabemos até quando as grandes cidades irão aguentar esse crescimento anual da frota de veículos. Em algum momento o trânsito irá virar o caos e alternativas deverão ser encontradas, é o que já acontece em São Paulo, por exemplo. Em uma matéria exibida hoje que mostra que os motoristas perdem um mês do ano parados no trânsito. Por este motivo, 77% dos paulistanos classifica o trânsito da maior cidade do país como “ruim” ou “péssimo”.
Essa é uma tendência. Outras grandes cidades (guardadas as devidas proporções) já sofrem com congestionamento e falta de fluidez, como é o caso do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.
É certo que muito ainda precisa se avançar na infraestrutura das cidades e em educação no trânsito para que outros meios de transporte sejam utilizados, mas aí vai uma dica, quem opta pela bicicleta, por exemplo, troca os congestionamentos por passeios pela cidade e acaba ganhando mais qualidade de vida.
Postado por Mariana Czerwonka em setembro-Blogdo Trânsito-Via Certa Natal
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