Alguns números me impressionaram, segundo o repórter Marcos Losekann há dez anos, desde que se aliou aos Estados Unidos na luta contra o talibã, o Paquistão tem sido alvo de uma espantosa média de ataques terroristas: um a cada dois dias. O resultado é um mar de sangue: 34 mil paquistaneses mortos em uma década.
Este número me chamou a atenção, o que diríamos então, se soubéssemos que 50 mil brasileiros morrem todo ano- todo ano, não em uma década- de um outro tipo de ataque: o da violência do nosso trânsito? Essa é a verdade. São 50 mil vidas que perdemos por ano –por baixo, pois especialistas acreditam que esse número pode ser bem maior- e parece que ninguém mais se assusta com isso.
A banalidade dos números é algo inaceitável. Não importa se é uma ou 100 pessoas que morrem por dia, são brasileiros, às vezes crianças com uma vida inteira pela frente, que estão manchando de sangue nossas ruas e estradas. Algo precisar ser feito. E acredito que a primeira coisa é nos indignarmos com esse fato. E esta indignação deve gerar uma atitude positiva.
Nós que trabalhamos com isso, precisamos unir forças para diminuir estes números. As autoridades devem levar em conta que esse é um problema de saúde pública e que investir na prevenção é muito mais barato do que tentar remediar depois.
E o mais importante, e que só depende de nós, seria mudarmos nosso comportamento no trânsito. Lembrarmos que um acidente não acontece por acaso e a negligência, imprudência ou imperícia podem nos custar muito caro. Talvez nos leve algo que não tem preço. Vamos mudar essa realidade!
Postado por Mariana Czerwonka-Blog do Trânsito-Via Certa Natal
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