“Ases no trânsito” ou asnos?

 O trocadilho envolvendo o pobre asno, se não é novo, é provocativo e não é irreal, se nos pusermos a observar como agem muitos condutores, quase todos os ciclistas e, sobretudo, grande parte dos pedestres. Somos os primeiros a afirmar que mudanças são necessárias, que o trânsito é violento, mas sempre atribuímos a responsabilidade como dever dos outros.

Será que não é bem assim?

1. Como pedestre... você atravessa a rua fora da faixa? Está na lei que onde ela existir em uma distância de até 50 metros eu tenho que ir até ela para fazer a travessia.

2. Você diminui a velocidade na aproximação de um cruzamento importante e para o veículo ao ver pedestres atravessando a faixa?

3. Como pedestre, com o sinal fechado... você atravessa a rua quando não vem nenhum veículo? E se for um “simples ciclista”?

4. Como pedestre… você atravessa a rua “rapidinho” por que os veículos ainda estão longe ou o movimento é lento?

5. Você estaciona em local proibido porque vai voltar “rapidinho”, porque “é só por uns minutinhos ou estaciona em fila dupla, “mas é só para buscar meu filho na escola”?

6. Você… às vezes, finge que não viu a seta do veículo ao lado para não dar passagem?

7. Você joga um automóvel para fora da pista porque o seu veículo é grande e ao outros que saiam da sua frente? Ou anda pela contramão, “mas é com a moto”?

8. Quando você está de automóvel, anda bem no meio da faixa para não dar passagem a um motociclista?

9. Você vira a esquina sem dar sinal por que não está vindo ninguém ou por que é noite e você é a única criatura a estar acordada nesse horário, por que o Botafogo é campeão, por que o Brasil ganhou a partida?

10. Você… às vezes, desrespeita a sinalização? ou sempre que não tenha um guarda por perto?

Analise...

Se você respondeu sim para alguma dessas questões, já sabe como iniciar a mudança. Se você já faz tudo certo, pense como poderia convencer outras pessoas. E ainda, se você sentiu falta de alguma pergunta importante que não apareceu entre as dez acima, acrescente-a e passe à frente...

 Sérgio de Bona Portão