Consumo abusivo de bebidas alcoólicas cresce neste período do ano

Fim de ano e as tradicionais festas de confraternização começam. Seja na escola, trabalho ou em família, as pessoas só querem celebrar o final de um ano de realizações, conquistas e comemorar um outro ano que está por vir. Até aí tudo bem, se o período não fosse usado por muitos com a desculpa para abusar das bebidas alcoólicas.


De acordo com o psiquiatra e presidente do Centro de Informações sobre Saúde e álcool (Cisa), Arthur Guerra, os períodos de férias e fim de ano são marcados por uma aceitação social do consumo de álcool mais freqüente, o que gera preocupações para quem beber abusivamente.

Além dos efeitos físicos causados pela bebida, como a famosa ressaca, o especialista alerta para o aumento dos acidentes de trânsito causados por motoristas que insistem em dirigir após o consumo do álcool. “é importante ressaltar que muito antes dos sinais físicos da embriaguez começarem a aparecer, habilidades necessárias para a direção, como destreza e tomada de decisões, são prejudicadas”, explica o psiquiatra.


De acordo com dados fornecidos pela empresa que administra o Seguro DPVAT, só entre os meses de janeiro e setembro deste ano no país, mais de R$ 1,6 bilhão foram destinados ao pagamento de indenizações a vítimas de acidentes de trânsito e o número de pessoas que solicitaram o seguro aumentou 42% em relação ao mesmo período do ano passado.


Segundo Guerra, as estatísticas mostram que parte desses dados estão ligados a acidentes onde pelo menos um dos envolvidos ingeriu alguma quantidade de álcool. “Parte desses acidentes envolveram motoristas que consumiram bebidas alcoólicas antes de assumir o volante”, alertou o doutor. Para ele, o fato dos condutores subestimarem os efeitos do álcool no organismo é comum e uma decisão perigosa. “Algumas pessoas acreditam que parar de beber ou tomar um copo de café pode torná-las aptas a dirigir com segurança. Entretanto, a substância continua a afetar o cérebro, mesmo após a última dose, prejudicando a coordenação e a capacidade de julgamento até mesmo horas depois da ingestão”, explicou Guerra.

O médico salientou a importância da Lei Seca, mas acredita que para uma redução real nos acidentes de trânsito, os motoristas precisam mudar de comportamento ao assumir o volante. “Muito mais importante que punir, porém, é educar. A população precisa ser orientada sobre os perigos provocados pelo consumo de álcool e direção de veículos automotores”, finalizou.


*Com informações do Cisa.

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