Crédito menor faz segmento de moto cair 7,3%

 

No primeiro mês de 2012, o segmento das duas rodas sentiu o golpe das restrições do crédito. Foram comercializadas 152.906 unidades, contra 164.925 no mesmo período de 2011, configurando uma queda de 7,3%. Já em comparação com dezembro do ano passado, houve uma alta de 34%, resultado das férias coletivas que afetam os números do último mês do ano.

Fornecidos pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), os dados se referem às vendas no atacado (das fábricas para as lojas) e ao mercado interno. Seguindo o mesmo desempenho, em janeiro de 2012 a produção recuou, com 173.277 motocicletas fabricadas, queda de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado (180.397) e elevação de 69,3% com relação a dezembro de 2011 (102.370).

“Dezembro é afetado pela paralisação das linhas de produção, o que acarreta essa alta nos dados do início do ano. Porém as medidas de restrição ao crédito, já bastante rigorosas neste início de 2012, representaram um impacto ainda maior nos dados com baixa em relação ao ano passado”, afirma Roberto Akiyama, presidente da associação.

Em referência aos números de emplacamento (consumidor final), houve uma alta de 6,9% em janeiro de 2012 (142.219), contra 133.043 unidades emplacadas no mesmo período de 2011. Mas, se considerarmos as vendas diárias, o resultado apresenta alta de 2,1%, ou seja, 6.465 unidades ante 6.330.

“O crescimento fica ainda menos expressivo se considerarmos que em janeiro em 2011 as concessionárias estavam com estoque baixo, inclusive com demanda não atendida”, diz Akiyama. Conforme tendência de alta projetada pela Abraciclo anteriormente, as vendas externas apresentaram elevação de 88% em relação a janeiro de 2011 (3.603), com 6.758 unidades exportadas.

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