Outras formas de fiscalização de excesso de velocidade estão sendo estudadas no país. Em São Paulo, por exemplo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), analisa a possibilidade de flagrar infratores através do cálculo da velocidade média de um veículo. Em vez de só flagrar quem passou acima do limite em um lugar específico, a ideia é fazer a fiscalização em mais de um ponto, resultando em um cálculo que obtenha a velocidade média desenvolvida pelo carro ao longo da via.
Por exemplo, se a velocidade permitida é de 60 km/h, os radares multariam não só quem ultrapassou o limite na frente do radar, mas também quem desenvolveu velocidade superior ao fim do trajeto na via. Um estudo preliminar mostrou que, para cada motorista flagrado pelo radar hoje, outros sete poderiam ser autuados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O estudo foi realizado em junho, nas avenidas Washington Luís, Moreira Guimarães, Rubem Berta e 23 de Maio com 495 mil veículos. Pelo método atual, 337 motoristas foram flagrados pelos radares durante aquele mês. Pela medida nova, foram pegos 2.753 carros excedendo o limite de velocidade. O resultado mostrou que os carros, em geral, percorrem-nas com velocidade média perto dos 50 km/h. Mas os infratores chegaram a quase 90 km/h. A CET diz que o estudo foi feito para “abrir a discussão” entre técnicos especializados em trânsito e as medidas ainda precisariam passar por discussões jurídicas.
Para o engenheiro e consultor Sérgio Ejzenberg, a fiscalização atual é falha. “Você vê à noite. As luzes dos freios acesas perto dos radares mostram que as pessoas correm pela via e freiam onde o radar está”, diz. “Pela velocidade média, só sentiria a mudança quem corre.”
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