De acordo com o pesquisador do IBGE Cláudio Stenner, não existe um padrão mundial de tempo ideal de deslocamento entre a casa e o trabalho. Mas, para ele, esse tempo influencia diretamente na qualidade de vida e também do trabalho das pessoas.
“Não existe uma média ideal, mas o que a gente pode dizer com certeza é que tempos exagerados no deslocamento para o trabalho têm um impacto direto na qualidade de vida, que é bem evidente à medida que o tempo livre da pessoa se reduz brutalmente”, destacou. “Por outro lado, tem um impacto também na produtividade econômica, porque a pessoa vai chegar mais cansada ao trabalho, vai chegar com uma condição física e psicológica pior e, evidentemente, isso vai se refletir na produtividade que ela vai ter no trabalho, então é uma questão social e econômica”, acrescentou.
Vida no campo
A pesquisa do IBGE também mostrou que os moradores das zonas rurais demoram menos que os das áreas urbanas para chegar ao trabalho. De acordo com os dados da pesquisa, 27,9% dos moradores da área rural gastam até cinco minutos no deslocamento para o trabalho. Dos 6,4 milhões de trabalhadores, 1,3 milhão de pessoas levavam até cinco minutos no trajeto, 3,5 milhões gastavam de seis a 30 minutos e 78,9 mil demoravam mais de duas horas para chegar ao trabalho.
A análise do IBGE não incluiu o meio de transporte usado no deslocamento até o local de trabalho.
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