Americanos estão dirigindo cada vez menos, mostra pesquisa

Americanos não querem dirigir
A nova geração de jovens tem acesso à tecnologia e novos hábitos. Alguns até têm carteira de motorista, mas não fazem questão de dirigir

No país do automóvel, tem cada vez menos gente disposta a tirar o carro da garagem. Uma pesquisa mostra que os americanos estão dirigindo menos, e os jovens são os principais responsáveis por essa mudança de comportamento.

Tirar a carteira de motorista e ganhar um carro do pai não é mais o sonho de muitos jovens americanos. Eles estão dirigindo menos. De 2005 a 2011, o número de quilômetros rodados por pessoa caiu 6,5% nos Estados Unidos.

Em uma cidade como Nova York, é fácil entender: estacionamento caríssimo, trânsito complicado. Mas em 43 dos 50 estados americanos a tendência é a mesma.

A crise econômica fez muita gente abandonar a direção, só que os motivos vão além do bolso. A pesquisa sugere que a era de domínio dos carros nos Estados Unidos ficou para trás.

Uma das explicações é que a geração de milhões de motoristas que nasceram depois da Segunda Guerra Mundial está dando lugar a jovens com acesso à tecnologia e novos hábitos, que não fazem questão de dirigir.

A associação entre carro e liberdade que o cinema vendeu nos últimos 60 anos não faz o mínimo sentido para Tom. Ele tem carteira de motorista há quatro anos, mas quase não dirige. “O transporte público e o metrô são mais rápidos. É muito caro manter um carro”, diz o estudante.

A pesquisa lembra que, com a internet, tem mais gente trabalhando em casa e fazendo compras online, o que diminui os deslocamentos. A preocupação ambiental também conta. “Eu não preciso dirigir, uso bicicleta. Nunca tive um carro e já tenho 27 anos”, diz Meg.

Mas não adianta só vontade para deixar o carro de lado. É preciso preparar as cidades. Com rede de metrô gigante e muitas pistas para bicicletas, Nova York é citada como modelo.

“Essa é a primeira geração de jovens que está dirigindo menos. Isso se repete em Chicago, Los Angeles e São Francisco”, diz Sam Schwartz, um dos maiores especialistas em trânsito dos Estados Unidos.

Sam defende a cobrança de pedágio nas cidades, mais investimento em transporte público e em ciclovias. “É saudável. Caminhar ou andar de bicicleta queima mais calorias do que dirigir”, completa.

Enquanto a geração James Dean vai se aposentando, o carro que está mais na moda hoje é só um sonho de criança.

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