Por Julio Benck
A experiência nos diz o que não fazer nessas 6 situações de emergência com carros. Em todo caso, se você perceber que não vai conseguir se virar sozinho, tente encontrar ajuda.
Chupeta é um procedimento arriscado
Apesar de ser uma forma comum utilizada por profissionais para recuperar baterias descarregadas, a famosa chupeta, se não for feita do jeito certo, pode causar sérios danos.
O primeiro cuidado a ser observado é com o cabo a ser usado para transferir carga de uma bateria para a outra. Se não tiver a espessura correta ou estiver remendado, o procedimento não vai funcionar.
Outro cuidado é na posição dos polos de contato, que se estiverem invertidos causam curto na bateria, e caso não sejam imediatamente retirados, causarão superaquecimento e vazamento, com risco de espirrar ácido em quem estiver por perto.
Quando realizada por profissionais, a chupeta é feita retirando-se a bateria do motor, com auxílio de uma bateria extra reservada exclusivamente para esse procedimento.
Tranco: um perigo para o motor
Um dos maiores perigos que existem numa emergência mecânica é o tranco, recurso extremo para fazer motores pegarem literalmente na marra.
Com o tranco, aumentam exponencialmente os riscos de rompimento da correia dentada, e se isso acontecer, só chamando o reboque para levar o carro direto para a oficina.
Também há sério risco de danos ao catalisador, que é sobrecarregado com uma injeção abrupta de combustível. O sistema eletrônico também pode sofrer sérias avarias com o tranco, portanto, evite a todo custo lançar mão desse método brutal para fazer o motor pegar.
Não mexa em motor superaquecido
Se o motor ferver, nunca, mas nunquinha tente repor a água do reservatório enquanto o motor estiver quente. Na verdade, o ideal mesmo é nem abrir o capô nessa situação, já que até os vapores representam riscos para a saúde.
Já o reservatório, esse não pode sob hipótese nenhuma ser aberto com o motor aquecido. Aguarde o resfriamento, reponha a água até o nível indicado no reservatório e não deixe de levar o carro à oficina imediatamente.
Quando trocar pneus, observe a banda de rodagem
Existem motoristas que não dão a devida atenção à banda de rodagem dos pneus, o que faz muita diferença na hora de uma troca. Se os pneus forem simétricos ou assimétricos, a troca poderá ser feita em qualquer sentido, o que não é indicado se os pneus forem unidirecionais.
Nesse caso, você deverá prestar atenção à lateral do pneu. Se tiver impressa uma seta, ela indica o sentido de rodagem do pneu, portanto, a seta deverá apontar sempre para a frente.
Pneus sem a seta podem ser instalados em qualquer sentido, que não terão sua performance prejudicada.
Pela manhã, as rodas podem travar
Um problema que pode acontecer pela manhã é o travamento das rodas, já que, com o acionamento do freio de mão, as lonas podem colar nos tambores do freio. O procedimento emergencial para liberar as rodas é simples: ligue o carro e engate alternadamente a primeira marcha e a marcha à ré.
Se após algumas tentativas as rodas não se soltarem, chame o reboque e confie o veículo a um profissional.
Sinalizar de forma precária
O Código de Trânsito Brasileiro prevê a obrigatoriedade do triângulo de sinalização. Mesmo assim, é comum em situações de emergência motoristas sinalizarem a via com galhos de árvore, troncos e outros objetos inadequados.
Não custa lembrar que circular sem triângulo, macaco e chave de roda é infração gravíssima, que prevê perda de 7 pontos na CNH e multa de R$ 293,47.