Sem ar-condicionado e agora com passagem mais cara desde hoje passageiros ficam na bronca com transporte público de São Gonçalo

A licitação do transporte público em qualquer cidade é a garantia de bons serviços aos seus usuários, bom pelo menos deveria ser assim.

Em São Gonçalo do Amarante no final do ano passado as linhas licitadas foram entregues à uma cooperativa e alardeado aos quatro cantos da cidade como um serviço de excelência. Ar-condicionado, veículos acessíveis, bilhetagem eletrônica e até wi-fi. O serviço de transporte público foi a grande bandeira do prefeito da cidade Paulo Emídio.

Não demorou muito e começaram as reclamações, poucos ônibus nas linhas, ar-condicionado desligado ou apenas ventilando e a falta do wi fi.

No começo deste ano os cooperados reajustaram o valor da tarifa de R$2,50 para R$ 3.00, sem a autorização do governo municipal. Após a nossa denúncia a prefeitura notificou a cooperativa e o reajuste foi revogado.

Na semana passada falamos aqui sobre o desligamento dos aparelhos de ar-condicionado, como nós dissemos acima a principal bandeira da prefeitura. A alegação era uma economia de R$50 reais ao dia mas na verdade não passava de uma estratégia para pressionar o poder público a voltar com o reajuste.

Outras táticas foram usadas pelos permissionários, usando os passageiros como moeda de troca, a velocidade reduzida a chamada "operação tartaruga" foi realizada, deixando os usuários irritados e  a retirada do nome da prefeitura da identidade visual dos coletivos mostrando que estavam dispostos a tudo.

Pois bem, toda a pressão relatada acima surtiu efeito e hoje na surdina o reajuste foi concedido e conformado pela assessoria da prefeitura que teve a autorização da secretaria de trânsito e transporte da cidade.

A população ficou na bronca com o reajuste sem aviso prévio de R$2,50 para R$3,00 e pior sem ar-condicionado, sem wi fi e com uma bilhetagem eletrônica que só recebe meia passagem, idosos e não faz integração com os demais modais de transporte. 

Realmente o reajuste tão alto quase o valo da tarifa da capital (R$3,35) não é justificado já que muitas vezes o percurso não chega aos cinco quilômetros de distância.