Redação,Via Certa
Por Pedro Kutney
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Após a conquista de novos clientes em 2019 para sua caixa de câmbio automatizada destinada a caminhões leves e médios no Brasil, a Eaton aposta que as vantagens desse tipo de transmissão vão superar o custo maior de aquisição e acelerar sua adoção no País, como já aconteceu com o segmento de pesados, no qual hoje mais de 90% das vendas são de modelos automatizados, 70% no caso de semipesados.

A adesão às transmissões automatizadas por caminhões leves e médios (de 6 a 13 toneladas de peso bruto total) ainda é baixa no Brasil, varia de 15% a 20%, porque o mercado para esses modelos é bastante sensível ao preço final do veículo. No entanto, a perspectiva da Eaton é que no prazo de cinco anos o câmbio automatizado ocupe 60% das vendas de caminhões leves e médios.

Sérgio Kramer, diretor geral para veículos comerciais e fora-de-estrada da Eaton, reconhece que a diferença de custo é relevante, mas confia que a migração da caixa de câmbio manual para a automatizada é um caminho sem volta, uma questão de pouco tempo até que os frotistas comecem a colocar na conta a economia de combustível de até 20%, manutenção mais barata e número menor de paradas do veículo, fatores que podem fazer a diferença do investimento inicial ser recuperada de um a dois anos de operação.

PREPARADA PARA O AUMENTO DA DEMANDA

A Eaton confia tanto nessa tendência que já se preparou para atender a demanda no Brasil. Seu centro de pesquisa e desenvolvimento em Valinhos (SP) é referência global para o grupo em projetos de transmissões para veículos comerciais leves. Lá foram desenvolvidas duas caixas automatizadas para o segmento, EAO 6106 e 6206, de seis marchas, que começaram a ser produzidas no ano passado e atualmente são fornecidas para a família de caminhões leves Accelo da Mercedes-Benz e Delivery da VWCO. A Iveco também vai usá-las na linha Tector de 9 e 11 toneladas. Kramer revela que outros clientes estão em negociação, entre eles um fabricante de micro-ônibus.

O diretor admite que a recessão econômica provocada pela pandemia de coronavírus poderá reduzir a velocidade da conversão de do câmbio manual para automatizado no segmento de leves, mas não muito.

“No curto prazo, podemos ver alguma desaceleração na escolha por transmissões automatizadas em função das condições de mercado e efeitos da crise. Porém, deve ser um efeito momentâneo, a adoção das automatizadas nos leves ganhará um ritmo acelerado diante dos benefícios de menor TCO (Total Cost of Ownership)”, avalia Sérgio Kramer.

REDUÇÃO DE CUSTOS

Entre esses benefícios, o diretor destaca menor consumo de combustível, redução da fadiga do motorista no tráfego pesado dos grandes centros urbanos (com ganho de segurança e custos com acidentes) e menor custo de manutenção. “O sistema eletrônico protege o trem-de-força de mal uso ou abusos. Por exemplo, em aplicações severas com muitas partidas e paradas no trânsito, a vida da embreagem da caixa automatizada é pelo menos duas vezes maior. Durante a vida do veículo, o motorista ou frotista gasta menos e para menos, reduzindo gastos com peças e mão de obra”, pondera.

A Eaton destaca também que manutenção ou reparo do câmbio automatizado é simples, pois a maioria dos componentes é similar ao de uma caixa manual, e as peças sobressalentes são fáceis de serem encontradas no mercado, porque boa parte delas é nacional.

Kramer pontua ainda que os fabricantes de caminhões também poderão baixar os preços dos modelos automatizados, porque também economizam com a solução. “Tudo depende da estratégia de posicionamento e preço que cada empresa define para sua linha de produto, mas se de um lado a montadora arca com um aumento de custo de uma transmissão automatizada, do outro ela remove componentes como pedal da embreagem, cilindro mestre e escravo ou servo de atuação da embreagem, linha hidráulica, torre alavanca, assim como redução no tempo padrão de montagem do veículo.”


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