Um estudo do professor Gabriel Alves Vasiljevic Mendes, do Instituto Santos Dumont (ISD), investigou o uso de interfaces cérebro-computador (ICCs) baseadas em sinais elétricos captados por EEG para controlar jogos e dispositivos. O trabalho, realizado em parceria com a UFRN, utilizou uma revisão de mais de 800 artigos e resultou no desenvolvimento de dois jogos, Mental War e Zen Cat, além de três contribuições teóricas principais: um modelo conceitual, a taxonomia CoDIS e a metodologia experimental PIERSE.
Os jogos foram testados em diferentes experimentos com voluntários, que analisaram aspectos como desempenho, percepção de controle, atenção, carga mental e interação social. Os dados mostraram que o desempenho tende a melhorar com o tempo, embora nem sempre acompanhado de aumento na atenção. A presença de estímulos visuais ou sonoros não teve influência significativa nos níveis de concentração ou meditação dos usuários.
A proposta do modelo e da taxonomia busca padronizar e facilitar a descrição e comparação de estudos na área, enquanto a metodologia PIERSE oferece diretrizes práticas para o planejamento de experimentos com jogos controlados por sinais cerebrais. Esses avanços ajudam a democratizar o uso de ICCs, aproximando-os de aplicações reais em educação, reabilitação e saúde pública.
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