Foto: Cedida pelo projeto
Com pouco mais de 11 mil habitantes, o município de Jardim do Seridó, no interior do Rio Grande do Norte, apresenta o maior índice de envelhecimento entre cidades brasileiras com até 20 mil moradores: 4,1% da população tem mais de 80 anos, o dobro da média nacional. O dado atraiu a atenção de pesquisadores e impulsionou a criação do Projeto Seridó, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com foco na promoção do envelhecimento saudável e no fortalecimento de políticas públicas locais.
O projeto aplica o protocolo da Organização Mundial da Saúde (Icope), que avalia funções físicas e mentais essenciais para a autonomia da pessoa idosa. Entre os dias 27 e 31 de janeiro, a equipe avaliou 254 idosos com mais de 80 anos, abrangendo cerca de 60% dessa faixa etária no município. Cada participante recebeu um relatório individual com recomendações personalizadas, que foram incorporadas aos prontuários das Unidades Básicas de Saúde.
A ação mobilizou cerca de 100 pessoas, entre estudantes de graduação e pós-graduação da UFRN e profissionais da saúde locais, promovendo integração entre ensino, pesquisa e comunidade. Além do atendimento direto, será entregue um relatório técnico à Secretaria Municipal de Saúde com os dados levantados, para subsidiar futuras políticas públicas voltadas à terceira idade.
O Projeto Seridó, apoiado institucionalmente pela UFRN, integra os esforços da universidade em inovação social e impacto regional. A iniciativa também se alinha a metas estratégicas da instituição e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os que tratam de educação de qualidade e inovação em saúde.
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