Receita Federal apreende 126 canetas de Ozempic contrabandeadas com destino a Natal e Belém




A Receita Federal apreendeu nesta quarta-feira (14) um carregamento ilegal com 126 canetas injetáveis do tipo Ozempic no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Paraná. As canetas, comumente utilizadas de forma indevida para emagrecimento, seriam comercializadas de maneira clandestina em Natal (RN) e Belém (PA).

Segundo a Receita, os medicamentos foram detectados durante a fiscalização de bagagens por scanner. O material estava distribuído entre a mala despachada (100 unidades) e a bagagem de mão (26 unidades) de um passageiro brasileiro. Ao ser abordado, o homem afirmou ter adquirido os produtos em Londres, na Inglaterra. Ele seguiu então para Madri, na Espanha, de onde embarcou com destino a Assunção, no Paraguai, e de lá entrou no Brasil por via terrestre até Foz do Iguaçu.

O destino final da carga seria as cidades de Natal, capital do Rio Grande do Norte, e Belém, onde o suspeito reside. De acordo com ele, cada caneta seria vendida a R$ 3.000, valor que representa um lucro expressivo no comércio ilegal do medicamento.

Além do contrabando, a carga apresentava outro agravante: o transporte sem qualquer tipo de refrigeração, condição essencial para garantir a segurança e a eficácia do produto. Segundo a Receita Federal, as canetas não tinham comprovação de autenticidade e representavam risco à saúde pública.

O passageiro foi detido e encaminhado à Polícia Federal, que dará continuidade à investigação e aplicará as medidas cabíveis. As mercadorias foram levadas para a Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu.

As canetas apreendidas contêm semaglutida, substância indicada para o tratamento de diabetes tipo 2. Elas atuam sobre os receptores GLP-1 e GIP, responsáveis por regular a liberação de insulina e o apetite. Contudo, a popularização do uso com fins estéticos, sem prescrição adequada, levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a reforçar o controle sobre a comercialização.

A partir de junho, a venda desses medicamentos só poderá ser feita mediante receita médica em duas vias, com retenção obrigatória da prescrição na farmácia. A validade da receita será de até 90 dias, medida que visa coibir o uso indiscriminado do produto.

A Receita Federal reiterou que a entrada de medicamentos sem regularização fiscal e sanitária configura crime. O órgão também alerta que o uso de medicamentos sem prescrição, especialmente produtos de origem e armazenamento desconhecidos, pode causar sérios danos à saúde.

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