A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) confirmou 13 casos suspeitos de intoxicação alimentar após o consumo de peixe da espécie arabaiana em um restaurante da capital potiguar, entre os dias 5 e 6 de maio. Segundo a pasta, entre as causas investigadas está a presença da toxina ciguatera, associada a espécies de peixes de regiões tropicais e subtropicais.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), o peixe consumido pode ter sido contaminado por essa toxina natural, produzida por microalgas marinhas do gênero Gambierdiscus. A substância não é destruída pelo cozimento e pode se acumular em peixes carnívoros de grande porte, como o arabaiana.
Os sintomas da intoxicação por ciguatera incluem náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais, formigamento, inversão térmica (sensação de calor no frio e vice-versa), fraqueza e dores musculares. Em casos mais graves, os efeitos podem durar semanas ou até meses.
Das 35 pessoas que participaram do evento no restaurante, 34 foram localizadas e acompanhadas pelas equipes de saúde. Treze delas relataram sintomas compatíveis com intoxicação, três precisaram de atendimento hospitalar e duas chegaram a ser internadas, mas já receberam alta. Todas seguem sendo monitoradas e estão em bom estado de saúde, segundo a SMS.
As amostras de alimentos recolhidas no local foram analisadas inicialmente pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Lacen) e, posteriormente, encaminhadas para um laboratório especializado no Sul do país, com capacidade para identificar toxinas específicas como a ciguatera.
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal aguarda os resultados definitivos para confirmar a presença da toxina e orientar medidas de controle. Casos de ciguatera são raros, mas vêm sendo registrados em algumas regiões costeiras do Brasil.
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