O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após a parlamentar deixar o Brasil rumo à Itália, conforme noticiou a CNN Brasil.
De acordo com a decisão, além da prisão, foram determinadas medidas como o bloqueio do passaporte, o sequestro de bens e a inclusão do nome da deputada na lista de difusão vermelha da Interpol. A ação ocorre após Zambelli ser condenada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva, argumentando que a viagem internacional demonstraria intenção de se furtar à aplicação da lei penal.
Em declarações públicas, Carla Zambelli afirmou ter deixado o Brasil para residir na Itália, país do qual possui cidadania. No entanto, especialistas ouvidos pela CNN Brasil explicaram que a dupla cidadania não impede automaticamente processos de extradição, sobretudo em casos relacionados a crimes graves.
A parlamentar também foi condenada à perda do mandato e ao pagamento de indenização por danos morais coletivos. A defesa de Zambelli ainda pode recorrer da decisão.
Atualmente, a Polícia Federal está responsável por adotar as medidas para efetivar a inclusão de Carla Zambelli na lista da Interpol e cumprir a ordem judicial.