Pesquisadores da Fiocruz Mata Atlântica, junto com cientistas da UFMT, da Universidade do Porto e do Smithsonian Institution, identificaram uma nova espécie de morcego: Myotis guarani.
Pequeno e pesando apenas 6 gramas, esse morcego insetívoro recebeu o nome em homenagem aos Guarani, grupo indígena que vive nas regiões onde a espécie foi encontrada, Pantanal, Chaco, Cerrado e Mata Atlântica, em países como Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.
A descoberta foi publicada no Journal of Mammalogy, destacando como análises genéticas revelaram que indivíduos já armazenados em coleções biológicas há mais de 120 anos eram erroneamente classificados como outras espécies do gênero Myotis. Estudos posteriores, incluindo expedições ao Pantanal, confirmaram a existência da nova espécie.
A pesquisa faz parte do projeto de monitoramento de agentes zoonóticos em morcegos, com financiamento da Faperj e do CNPq. Segundo o coordenador do estudo, Ricardo Moratelli, a iniciativa visa compreender os riscos de zoonoses em morcegos, essenciais para a saúde pública e conservação ambiental.
Além de sua importância ecológica, ajudando no controle de pragas e na manutenção dos ecossistemas, o estudo também busca entender melhor os patógenos zoonóticos que circulam entre os morcegos.
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