O Papa Leão, ex-cardeal Robert Prevost e primeiro pontífice norte-americano, completou seu primeiro mês à frente da Igreja Católica adotando uma abordagem discreta e metódica, contrastando com o início dinâmico de seu antecessor, Francisco.
Eleito em 8 de maio, o papa de 69 anos conduziu cerca de 20 eventos públicos, mas ainda não realizou nomeações significativas, não anunciou viagens internacionais nem definiu onde residirá no Vaticano. Fontes próximas indicam que ele deve se mudar para os apartamentos papais oficiais, atualmente em reforma após mais de uma década sem uso.
Diferente de Francisco, que em seu primeiro mês renunciou ao palácio apostólico e criou um conselho consultivo de cardeais, Leão prefere ouvir antes de decidir. “Ele está tomando seu tempo”, afirmou o padre Mark Francis, amigo do pontífice desde os anos 1970.
De acordo com a Reusters, entre os desafios que o novo papa enfrenta estão o déficit orçamentário do Vaticano, estimado em €83 milhões, e questões sensíveis como a crise de abusos sexuais, a queda na adesão religiosa na Europa e debates sobre inclusão de fiéis LGBT e o papel das mulheres na Igreja.
Embora mantenha o tom conciliador de Francisco e tenha reiterado apelos pelo fim dos conflitos em Gaza e na Ucrânia, Leão tem um estilo mais reservado e metódico. Segundo fontes, sua primeira viagem internacional poderá ocorrer em novembro, à Turquia, para a celebração do 1.700º aniversário de um antigo concílio da Igreja, ao lado do Patriarca Bartolomeu, líder espiritual da Igreja Ortodoxa.
O novo papa tem evitado improvisos e entrevistas informais, optando por discursos preparados, sinalizando uma gestão pautada pela cautela e pelo diálogo interno antes de implementar mudanças significativas.
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