Setor público tem rombo menor em maio, mas dívida e juros continuam em alta; aponta BC




O setor público brasileiro, que engloba governo federal, estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit primário de R$ 33,7 bilhões em maio deste ano. O resultado, divulgado pelo Banco Central nesta segunda (30), é quase a metade do déficit registrado no mesmo mês de 2024, quando o rombo foi de R$ 63,9 bilhões.

No detalhamento, o governo federal teve o maior rombo, de R$37,4 bilhões. As empresas estatais, como Correios e Eletrobras, também ficaram no vermelho, com déficit de R$926 milhões. Já os estados e municípios conseguiram economizar, registrando superávit de R$4,5 bilhões, ou seja, sobra dinheiro no caixa.

Além das despesas normais, o governo precisa pagar juros pela dívida que acumulou ao longo dos anos. Em maio, os juros nominais chegaram a R$92,1 bilhões, valor maior que os R$74,4 bilhões pagos em maio de 2024. Isso ocorreu porque a taxa básica de juros (Selic) aumentou e a dívida pública ficou maior.

Quando somamos o déficit primário e os juros, o chamado déficit nominal foi de R$125,9 bilhões no mês. Nos últimos 12 meses, esse déficit alcançou R$922 bilhões, o que equivale a 7,58% de tudo que o país produz em um ano (o Produto Interno Bruto, ou PIB).

Segundo o Banco Central, a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) chegou a R$7,5 trilhões em maio, equivalente a 62% do PIB. Esse percentual subiu em relação a abril, principalmente por causa dos juros e do déficit.

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que inclui o governo federal, o INSS e governos estaduais e municipais, ficou ainda maior: R$9,3 trilhões, ou 76,1% do PIB. A dívida bruta aumentou um pouco no mês, mas caiu no acumulado do ano porque a economia cresceu e houve resgate de parte das dívidas antigas.

Esses números mostram que o governo ainda gasta mais do que arrecada e que a dívida do país continua alta. Isso pode dificultar investimentos em áreas importantes como saúde, educação e infraestrutura, além de pressionar os juros que afetam empréstimos, financiamentos e o custo de vida das famílias.


Ana Bezerra

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