O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repreendeu nesta segunda-feira (15) o advogado Jeffrey Chiquini, que defende Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, durante audiência com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O episódio ocorreu após o defensor pedir o adiamento da oitiva, alegando que recebeu grande volume de documentos da Polícia Federal em cima da hora.
Chiquini afirmou que não teve tempo suficiente para analisar todo o material enviado às vésperas do início dos depoimentos de testemunhas ligadas à suposta trama golpista investigada pelo STF. Moraes rejeitou o pedido imediatamente, dizendo que os documentos não fazem parte da denúncia formal apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, portanto, não justificariam o adiamento.
Ao insistir na solicitação, o advogado foi interrompido pelo ministro, que reagiu com firmeza: “Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”, disse Moraes.
A oitiva de Mauro Cid integra as investigações conduzidas no Supremo sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022. Filipe Martins é um dos alvos da operação da PF que apura a atuação de núcleos políticos, militares e jurídicos na tentativa de subverter o resultado eleitoral.
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