O Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou nesta quinta-feira (10) a Operação Resposta Certa para investigar suspeitas de fraude no concurso público da Câmara Municipal de João Câmara.
De acordo com o MP, o esquema pode ter beneficiado candidatos com vínculos familiares e políticos com um ex-dirigente da Câmara, além de envolver a empresa responsável pela organização do certame, localizada em Pernambuco.
A investigação começou após uma denúncia anônima que apontava irregularidades nos resultados. Segundo os promotores, foi identificado um padrão considerado atípico, com candidatos ligados ao ex-gestor, entre eles uma filha e um genro, aprovados nas primeiras colocações. Outros aprovados também exerciam cargos comissionados na Prefeitura e na Câmara Municipal.
Os suspeitos podem responder por fraude em concurso público, advocacia administrativa e falsidade ideológica. O MP apura se houve acesso antecipado ao conteúdo das provas ou manipulação direta dos resultados.
O ex-dirigente também é investigado por ter declarado, de forma falsa, que não tinha parentesco com candidatos aprovados.
A Justiça autorizou oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados em João Câmara e na sede da empresa organizadora, em Timbaúba (PE). Foram apreendidos documentos, computadores e celulares que serão analisados pelos investigadores.
A operação contou com apoio do Ministério Público de Pernambuco e de policiais militares dos dois estados. Participaram da ação sete promotores de Justiça do RN, um promotor de PE, 32 servidores dos MPs e 36 policiais militares.
O caso segue em segredo de Justiça.
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