O governo deve colocar em consulta pública nos próximos dias uma proposta que pode mudar a forma de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Uma das principais alterações é que as aulas práticas deixariam de ser obrigatórias, e o candidato poderia escolher fazer a prova em carro manual ou automático.
Hoje, o custo médio para tirar a CNH varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, incluindo curso teórico, 20 aulas práticas e exames médico e psicológico. Com a nova proposta, a formação prática se tornaria opcional, e o valor poderia cair para R$ 750 a R$ 1.000. Segundo a Feneauto, a simples divulgação da proposta já reduziu o número de matrículas em autoescolas.
O curso teórico continuará obrigatório, mas será oferecido de forma gratuita e online pelo governo, sem necessidade de aulas ao vivo. Quem já fez cursos de educação para o trânsito poderá ser dispensado desta etapa. As aulas em autoescolas ou escolas públicas dos Detrans continuarão disponíveis para quem preferir.
A prova prática seria mais exigente, com avaliação em vias públicas e sistema de pontuação gradual, substituindo as “faltas eliminatórias”. A intenção é reduzir o nervosismo do candidato e garantir que ele domine o veículo e tenha noção de segurança.
Além disso, o exame médico poderá ser feito fora das clínicas credenciadas, reduzindo custos e a reserva de mercado. Segundo o secretário nacional de trânsito, Adrualdo Catão, a proposta busca dar acesso à CNH sem comprometer a segurança:“Quem souber, passa. Quem não souber, não passa”.
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