O Rio Grande do Norte celebra, nesta quinta-feira (7), seus 524 anos de história. A data, que marca o início da colonização portuguesa na região, é reconhecida como data de aniversário do estado conforme estabelece a Lei nº 7.831/2000, sancionada em 30 de maio de 2000.
A comemoração faz referência à chegada dos primeiros navegadores portugueses à costa potiguar, em 7 de agosto de 1501, quando foi fixado o Marco Colonial de Touros, considerado por historiadores como o primeiro monumento europeu instalado no Brasil. A expedição era comandada pelos navegadores André Gonçalves e Gaspar de Lemos, acompanhados pelo cosmógrafo Américo Vespúcio.
O Marco de Touros, localizado no litoral norte potiguar, é reconhecido como símbolo inaugural da presença portuguesa no Rio Grande do Norte. Embora o marco tenha sido instalado em 1501, a colonização efetiva do território só ocorreu quase um século depois, em 25 de dezembro de 1597, com a chegada da expedição liderada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque.
Com o objetivo de estabelecer uma posição estratégica de defesa na região, os colonizadores iniciaram a construção da Fortaleza dos Reis Magos, em 6 de janeiro de 1598, data que coincide com o Dia de Reis, origem do nome do forte.
Pesquisadores locais apontam uma série de fatos históricos curiosos ligados ao estado. Segundo o historiador Henrique Lucena, há registros históricos indicando que, durante o século XIX, cogitou-se a instalação de Napoleão Bonaparte no território potiguar, após sua derrota na Europa.
Além disso, a região do Seridó potiguar apresenta forte influência de colonos de origem judaica, especialmente cristãos-novos perseguidos durante o período da Inquisição. Outra marca significativa na história do estado é a presença holandesa no século XVII, motivada, entre outros fatores, pela importância econômica da produção de sal no litoral.
O Dia do Rio Grande do Norte foi instituído oficialmente por meio de projeto do então deputado estadual Valério Mesquita, posteriormente sancionado pelo governador Garibaldi Alves Filho. A data celebra não apenas a chegada dos portugueses, mas também o início do processo de construção da identidade potiguar.
A data, porém, é apenas comemorativa e não está no calendário ofical do Estado como feriado.
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