A Polícia Civil apura as circunstâncias da morte de Dante Chiquinelli Marcatto, bebê de 9 meses que teria ingerido uma banana amassada misturada com veneno de rato. A mãe da criança, a tatuadora Giovanna Chiquinelli Marcatto, foi detida na quarta-feira (27), em São Paulo, sob suspeita de homicídio.
Segundo as investigações, na terça-feira (26) o menino passou mal cerca de três horas após consumir a fruta em casa. Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Estadual da Vila Alpina, na Zona Leste da capital, mas não resistiu.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o laudo necroscópico aponta a presença de substância compatível com veneno de rato no organismo da vítima.
Em depoimento, Giovanna declarou que ofereceu a banana ao filho por volta das 17h. A morte ocorreu três horas depois, intervalo que, segundo peritos, corresponde ao tempo necessário para que o tóxico faça efeito.
Com base nos indícios, a Justiça determinou a prisão temporária da tatuadora por 30 dias. Na quinta-feira (28), ela passou por audiência de custódia.
O caso, inicialmente registrado como morte suspeita, é investigado como homicídio qualificado pelo 42º Distrito Policial, no Parque São Lucas. Funcionários da creche onde Dante estudava também prestaram depoimento. Eles afirmaram ter alertado a mãe sobre episódios de vômito e alterações na urina da criança durante a semana anterior.
Na decisão que manteve a prisão de Giovanna, o Tribunal de Justiça destacou que, mesmo diante dos sintomas relatados pela escola, não há indícios de que ela tenha buscado atendimento médico adequado para o bebê, o que sugere negligência nos cuidados com a saúde da criança antes do óbito.
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