A Anvisa determinou nesta terça-feira (21) a apreensão de lotes falsificados dos medicamentos Keytruda e Avastin, utilizados no tratamento de diversos tipos de câncer. A medida pretende alertar pacientes e profissionais de saúde sobre os riscos associados ao uso de produtos sem procedência garantida.
No caso do Keytruda 100 mg/4ml, os lotes SO48607 e Y019148 não foram reconhecidos como originais pelo fabricante. Esses lotes foram vendidos pela empresa LAF MED Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares Ltda, cuja licença foi cassada após uma operação conjunta realizada no Ceará para combater a falsificação de medicamentos. A Anvisa proibiu o armazenamento, a comercialização, a distribuição, a exportação, a importação, a divulgação, o transporte e o uso desses produtos falsificados.
O lote H0386H05 do Avastin, indicado para o tratamento de câncer colorretal metastático, câncer de pulmão, câncer de mama, entre outros, também foi identificado como falsificado. A empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A., detentora do registro do medicamento, constatou que esse lote apresentava diferenças em relação ao produto original, incluindo inconsistências no código de rastreabilidade, que seguia um padrão previsível não compatível com os registros oficiais da fabricante.
Medicamentos falsificados representam risco grave à saúde, pois podem não conter os princípios ativos corretos ou apresentar substâncias perigosas, comprometendo o tratamento de pacientes oncológicos. Por isso, não devem ser utilizados sob nenhuma hipótese.
A Anvisa orienta que pacientes e profissionais de saúde que identifiquem os lotes falsificados comuniquem o fato à agência pelos canais de atendimento ou à Vigilância Sanitária local. Dúvidas sobre os produtos podem ser esclarecidas junto ao SAC dos fabricantes. A resolução completa está disponível no Diário Oficial da União.
Além disso, a agência reforça a importância de que hospitais, clínicas e farmácias verifiquem a procedência dos medicamentos, garantindo que apenas produtos autênticos e seguros sejam utilizados, protegendo assim a saúde de pacientes e a eficácia dos tratamentos oncológicos.
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