Brasil testa uma nova técnica de combate ao câncer de mama

Técnica pode representar mudança importante no tratamento de tumores iniciais e pequenos - Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília


O Brasil começou a testar uma nova técnica promissora no combate ao câncer de mama, e dez centros de saúde do estado de São Paulo fazem parte dessa etapa decisiva. 

Entre eles está o Hospital de Amor, em Barretos (SP), referência nacional no atendimento oncológico. A iniciativa integra um estudo de fase 3, quando o tratamento é analisado em larga escala para confirmar segurança e eficácia.

O procedimento estudado é a crioablação, que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir as células tumorais no seio. 

A técnica, que já mostrou bons resultados em fases anteriores, pode representar uma mudança importante no tratamento de tumores iniciais e pequenos. As informações são do Portal Só Notícia Boa.

A pesquisa é coordenada pelo Hospital do Coração (HCor), em São Paulo, e reúne universidades, hospitais especializados e centros de referência em saúde da mulher. 

A expectativa é avaliar o impacto de um método menos invasivo, mais rápido e com potencial para melhorar a qualidade de vida de quem enfrenta a doença.

O que é a crioablação

A crioablação é realizada com uma sonda fina, guiada por ultrassom, que congela o tumor e provoca a morte das células afetadas. Segundo o mastologista e pesquisador Idam de Oliveira Junior, o procedimento forma uma espécie de “bola de gelo” ao redor da lesão, destruindo o tecido doente.

O especialista explica que o método é considerado menos agressivo que a cirurgia tradicional. A intervenção é feita com anestesia local, dura cerca de uma hora e permite que a paciente deixe o hospital no mesmo dia, em regime ambulatorial. A recuperação tende a ser mais tranquila, com menos dor e retorno mais rápido às atividades.

Estudos anteriores indicam que a técnica é especialmente eficaz em tumores iniciais, menores de 2 cm e com indicação de cirurgia como primeira etapa do tratamento.

Quem pode participar do estudo

A pesquisa pretende incluir 750 voluntárias ao longo dos próximos dois a três anos. Todas as participantes precisam atender a critérios específicos e passam por avaliação rigorosa antes de iniciar a crioablação. A fase atual segue protocolos éticos exigidos pelos órgãos reguladores e inclui acompanhamento por até 15 anos.

As interessadas podem pedir informações ou manifestar interesse pelo e-mail [email protected]. De acordo com os coordenadores, o estudo foi aprovado por comissões de ética e não envolve qualquer tipo de risco adicional ou uso inadequado das participantes.

Prevenção continua sendo essencial

Mesmo com o avanço dessa tecnologia, especialistas reforçam que a prevenção permanece como a principal arma contra o câncer de mama. O diagnóstico precoce permite tratamentos menos invasivos e aumenta expressivamente as chances de cura.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que o câncer de mama representou 29% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil em 2024. Embora seja o tipo mais comum entre mulheres e a principal causa de morte por tumores malignos, a detecção precoce pode elevar as chances de cura para mais de 90%.

Mamografias regulares, acompanhamento médico e atenção aos sinais do corpo continuam sendo medidas fundamentais para reduzir mortes e ampliar o acesso a tratamentos mais modernos, como o que está sendo testado agora.

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