O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou nesta segunda-feira (10) do seminário “Alternativas para o Fim da Escala 6x1”, promovido pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, para debater a revisão da jornada de trabalho no Brasil. O objetivo do encontro foi buscar modelos que proporcionem mais saúde, equilíbrio e previsibilidade aos trabalhadores.
Durante o seminário, a escala 6x1 foi classificada como inadequada para a vida moderna, especialmente para as mulheres, e houve discussão sobre a necessidade de ampliar o descanso semanal, garantindo pelo menos dois dias consecutivos de folga. Ao mesmo tempo, foram reconhecidas atividades econômicas que exigem operação contínua, ressaltando a importância da negociação coletiva e do fortalecimento dos sindicatos.
O evento reuniu sindicatos, trabalhadores, representantes de empregadores e parlamentares, que também analisaram a PEC 8/25, proposta que prevê a jornada de quatro dias de trabalho e três de descanso, com limite de 36 horas semanais, e a extinção da escala 6x1. A proposta ainda passará por avaliação da Comissão de Constituição e Justiça.
O debate destacou que a desigualdade nas relações de trabalho é resultado de escolhas históricas, com impactos na informalidade, precarização e falta de proteção. O governo reconhece o papel do Estado em garantir direitos, fortalecer a fiscalização e apoiar os trabalhadores mais vulneráveis.
A discussão sobre a jornada de trabalho incluiu também a possibilidade de reduzir a jornada máxima para 40 horas semanais, com base em experiências que indicam aumento de produtividade e qualidade de vida. O funcionamento do comércio em feriados e a necessidade de negociação entre empregadores e trabalhadores também foram temas abordados durante o seminário.