QUAEST: 64% dos cariocas aprovam megaoperação policial no Alemão e na Penha

Uma pesquisa do instituto Genial/Quaest, divulgada neste sábado (1º), mostra que 64% dos moradores do Rio de Janeiro aprovam a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na semana passada. A ação, que mobilizou centenas de agentes das polícias Civil e Militar, resultou em 121 mortes, entre elas quatro policiais, sendo considerada a mais letal da história do estado.

Segundo o levantamento, 98% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento da operação. Apenas 27% desaprovaram a ação e 6% se mostraram neutros. Outros 3% não souberam ou preferiram não opinar.

O apoio a novas operações semelhantes é ainda maior: 73% defendem que a polícia realize ações desse tipo em outras comunidades. Entre os homens, o índice sobe para 85%, enquanto entre as mulheres é de 62%.

A aprovação foi mais expressiva entre os homens (79%), enquanto entre as mulheres chegou a 51%. A faixa etária mais favorável foi a de 31 a 50 anos (68%), seguida pelos jovens de 16 a 30 anos (65%) e pelos maiores de 51 anos (58%).

Por renda, o maior apoio veio de quem ganha entre 2 e 5 salários mínimos (69%), enquanto entre os que recebem acima de 5 salários, o índice foi de 63%. A desaprovação cresceu entre os mais ricos, chegando a 36%.

A pesquisa também apontou diferenças regionais: a Baixada Fluminense lidera a aprovação, com 73%, seguida da capital, com 68%. No interior, os índices ficaram em torno de 57%.

A avaliação variou conforme o posicionamento político. Entre os bolsonaristas, o apoio é quase unânime (93%). Entre direitistas não bolsonaristas, chega a 92%. Já entre lulistas, a aprovação cai para 35%, e entre a esquerda não lulista, para apenas 27%.

Por fim, 58% dos entrevistados consideraram a operação bem-sucedida, enquanto 32% a classificaram como um fracasso. O índice de sucesso é maior entre os homens (73%) e na faixa dos 31 a 50 anos (61%).

O levantamento ouviu 1.500 pessoas com 16 anos ou mais, entre 30 e 31 de outubro, em entrevistas presenciais. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com 95% de confiança.