A Polícia Científica do Rio Grande do Norte divulga um alerta sobre a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL), após registrar casos que chegam ao órgão e que demandam investigação especializada.
A condição é caracterizada pelo óbito inesperado de uma criança menor de um ano, aparentemente saudável, cuja causa permanece indeterminada mesmo após necropsia completa, análise do local de morte e revisão da história clínica.
Segundo a instituição, a SMSL é um diagnóstico de exclusão, estabelecido apenas quando todas as demais possibilidades, naturais ou não naturais, são descartadas. Os casos geralmente ocorrem durante o sono e atingem principalmente bebês entre dois e quatro meses de vida, frequentemente associados a fatores de risco no ambiente de descanso.
Entre os fatores conhecidos estão a posição de bruços, superfícies macias, excesso de cobertores ou objetos soltos no berço, compartilhamento de cama com adultos, exposição à fumaça do cigarro e histórico de prematuridade.
A Polícia Científica reforça orientações essenciais de prevenção:
- Colocar o bebê para dormir sempre de barriga para cima.
- Utilizar colchão firme, sem travesseiros soltos, protetores laterais ou brinquedos de pelúcia.
- Evitar cobrir a cabeça do bebê e optar por roupas adequadas à temperatura.
- Não compartilhar a cama com adultos — o bebê deve dormir em superfície própria, no mesmo quarto.
- Manter acompanhamento pré-natal adequado e evitar exposição à fumaça de cigarro.
No processo de investigação, a Polícia Científica desempenha papel fundamental ao esclarecer a causa da morte e identificar se há indícios de acidentes, doenças ocultas ou violência. A necropsia completa, realizada por especialistas, garante segurança técnica para as famílias e autoridades, além de auxiliar na confirmação dos casos compatíveis com a síndrome.
Geísa Rufino, perita médica-legista da Polícia Científica do RN
