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| Foto: Reprodução |
O Rio Grande do Norte registrou piora nos indicadores de estiagem em novembro, com avanço da seca em todas as regiões do estado. De acordo com o Monitor de Secas, informativo produzido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e divulgado mensalmente pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), houve agravamento da situação principalmente no Centro-Sul potiguar, onde a seca passou da condição grave para extrema.
O levantamento aponta ainda avanço da seca grave na região Norte do estado e da seca moderada no Leste. Segundo o monitoramento, 88,02% dos municípios potiguares apresentaram algum nível de seca no mês de novembro.
A categoria mais frequente foi a seca grave, que atingiu 32,93% dos municípios. A seca moderada alcançou 23,35%, enquanto a seca fraca foi registrada em 16,17% das cidades. Já a seca extrema chegou a 15,57% dos municípios, concentrada principalmente na região do Seridó.
Apenas 11,98% dos municípios foram classificados como sem seca relativa, o que indica um cenário de atenção em todo o estado, especialmente diante do surgimento da seca extrema em áreas onde antes o quadro era menos severo.
Entre os municípios classificados em seca extrema estão Acari, Caicó, Currais Novos, Cruzeta, Jardim do Seridó, Jucurutu, Parelhas, Santana do Seridó, São José do Seridó, São Vicente, Serra Negra do Norte, Timbaúba dos Batistas, entre outros municípios do Seridó e da região Centro-Oeste.
A seca grave atinge dezenas de municípios, incluindo Assú, Apodi, Caraúbas, Pau dos Ferros, Umarizal, São Miguel, Martins, Angicos, Pendências e Upanema, abrangendo áreas do Oeste, Alto Oeste, Central e parte do Norte potiguar.
Municípios como Mossoró, Macau, Areia Branca, João Câmara, Santa Cruz e São Tomé aparecem com seca moderada. Já cidades da Região Metropolitana de Natal e do litoral, como Macaíba, Ceará-Mirim, Extremoz, Touros e São Gonçalo do Amarante, foram classificadas com seca fraca.
Na faixa Leste do estado, municípios como Natal, Parnamirim, Nísia Floresta, Tibau do Sul e Canguaretama foram classificados como sem seca relativa, embora o monitoramento indique tendência de agravamento caso as chuvas permaneçam abaixo da média.
O Monitor de Secas avalia mensalmente a intensidade e a evolução da estiagem no país, considerando indicadores como precipitação, umidade do solo, níveis de reservatórios e impactos socioeconômicos.
