O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a campanha de vacinação contra a dengue, com o imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan deve começar no SUS no final de janeiro, inicialmente, voltada a profissionais da atenção primária, grupo considerado prioritário por estar na linha de frente dos primeiros atendimentos.
Segundo Padilha, o Ministério da Saúde já fechou contrato de compra e recebeu cerca de 300 mil doses, que estão armazenadas em galpão federal.
O cronograma apresentado pelo Butantan, de entregar até 1 milhão de doses até o fim de janeiro, permitiria iniciar a imunização em todo o país entre equipes das unidades básicas de saúde e agentes que fazem visitas domiciliares — um universo estimado pelo ministro em aproximadamente 1 milhão de trabalhadores. As informações são da CBN.
Além da vacinação nacional do público prioritário, o Ministério da Saúde prevê uma estratégia “acelerada” em cidades-piloto: Botucatu (SP), Maranguape (CE) e uma terceira em Minas Gerais — com indicação de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A ideia é ampliar o público vacinado nessas cidades, começando pelos profissionais de saúde e avançando para a população em geral a partir de 59 anos, descendo gradualmente para faixas mais jovens, com o objetivo de avaliar impacto e logística de uma cobertura rápida.
Padilha justificou Botucatu pela experiência anterior com campanhas de aceleração durante a Covid-19 e pelo peso de São Paulo nas estatísticas recentes. Maranguape foi citada como local estratégico para monitorar possíveis mudanças no cenário epidemiológico, incluindo a preocupação com o sorotipo 3 (dengue 3).
Já a escolha de um município na região metropolitana de BH buscaria medir o efeito da vacinação acelerada em uma área com grande circulação de pessoas.
O ministro também disse que quem já teve dengue pode ser vacinado, lembrando que há quatro sorotipos e que uma infecção prévia não impede novos casos, inclusive, graves. E destacou que, paralelamente, o SUS mantém a vacinação com a imunizante de duas doses de origem internacional (japonesa), adquirida pelo governo para o público de 10 a 16 anos.
Padilha afirmou ainda que a capacidade de produção do Butantan deve crescer com uma parceria internacional para ampliar a oferta e permitir, mais adiante, a expansão da vacinação para a população a partir de 59 anos e, progressivamente, para grupos mais jovens.
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