Por Julio Benck

Como identificar um carro modificado ou roubado

Comprar um veículo usado pode ser um bom negócio em termos de economia. No entanto, é preciso cuidados adicionais para saber como identificar um carro modificado. Os fraudadores atuam de maneira a adulterar o veículo de forma que pareça legal, quando na verdade trata-se de produto de roubo.

O negócio é sério: pesquisa feita pela consultoria Checkauto constatou que, do total de carros usados à venda no Brasil, 7% deles é ilegal, ou seja, tem algum tipo de irregularidade em sua procedência, portanto são comercializados depois de terem sido roubados de seus verdadeiros donos.

Felizmente, existem formas de detectar um carro roubado a tempo de fechar um péssimo negócio. Caso você seja flagrado circulando com um carro roubado, mesmo sem saber, poderá responder por receptação ilegal. Fique atento às dicas e evite um tremenda dor de cabeça.

Como identificar um carro modificado avaliando quatro de seus componentes

Para saber como identificar um carro modificado você precisará treinar o seu olhar para detalhes que geralmente passam despercebidos. Sabendo como identificar esses sinais sutis você poderá se safar de entrar numa grande roubada.

Em primeiro lugar, um veículo roubado normalmente apresenta documentos falsos. Como o CRLV, o Certificado de Registro e Licenciamento Veicular, é também impresso em papel moeda, verifique a autenticidade do mesmo tal como faz com dinheiro. Isso inclui inspecionar a presença de filigranas, aqueles riscos coloridos que estão espalhados por toda a superfície do papel.

Num CRLV original, os nomes das instituições (Brasil, Detran etc..) deverão estar sempre em alto relevo, e a tinta não deverá desbotar sob hipótese alguma. Para isso, esfregue o documento em alguma superfície branca também de papel e, caso saia tinta verde, certamente você tem em mãos um documento falso.

Igualmente adulterável é a placa, que apresenta evidência sutis, mas que indicam com segurança que o carro foi roubado. Como identificar um carro modificado requer olho clínico, é na placa que os criminosos aproveitam para adulterar a identificação e camuflar um produto de roubo.

O furo onde o lacre e a placa são fixados deverá estar num desenho que lembra a silhueta do Mickey. Ou seja, deverá haver dois furos bem feitos logo acima do rebite de fixação. Se esse furo aparentar ter sido feito com martelo ou furadeira, as chances de o carro ter sido roubado são grandes.

Do lado da chapa onde está inscrita a cidade do veículo existe uma sequência de números e letras que deve ser confrontada com uma outra que fica junto da numeração maior, a que é vista por todos. Esta sequência, em que as letras do meio se referem ao estado e as duas últimas ao ano de fabricação, deverá ser idêntica.

É até possível que esses números não coincidam, já que há a chance de um carro fabricado em um ano tenha um código de ano anterior simplesmente porque a produção foi grande. De qualquer forma, se houver discrepância, redobre a atenção.
Motor, vidros e peças

Nos vidros dos carros geralmente vêm impresso o número do chassi. Num primeiro momento, a atenção deve ser para conferir se o número do documento bate com o que está no vidro.

E se não houver nada impresso, pode ser ainda que o vidro tenha sido trocado, não indicando necessariamente que o carro foi roubado.

O que é mais comum é que o vidro apresente sinais de que foi polido ou submetido a algum lixamento para inscrição de nova numeração. Uma forma de detectar se o vidro foi polido é colocar um folha de papel pelo lado de dentro. Se for percebida alguma sombra de um número não inscrito, é sinal de que o vidro foi adulterado.

Já no motor, você deverá prestar atenção à numeração do chassi impressa no bloco, em baixo relevo. Sinais de lixamento, de solda ou números sem alinhamento são indicadores de adulteração, assim como possíveis pontos de adulteração na posição dos rebites.

Localizada no cofre, as etiquetas com o número do chassi deverão estar inteiras, sem sinais de que alguém tentou retirá-las. Como são auto destrutíveis, caso alguém tente removê-las, elas ficarão danificadas e irreconhecíveis.

As peças também podem ser uma forma para saber como identificar um carro modificado, já que em algumas delas constam o ano de fabricação, que normalmente acompanha o do veículo.

Caso muitas delas (tais como cinto de segurança, mangueiras e radiadores) estejam com anos de fabricação diferentes, é bem possível que o carro seja mesmo roubado.

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