Redação,Via Certa

Ford

A Ford dispensará cerca de 10% de seus trabalhadores assalariados em todo o mundo até agosto. Com isso, 7 mil executivos perderão seus empregos e a companhia economizará US$ 600 milhões (R$ 2,6 bilhões) por ano.

A medida é parte de um plano de reestruturação global que já está em curso. O objetivo é de cortar US$ 25,5 bilhões em custos operacionais nos próximos anos e mais US$ 11 bilhões em salários.

É esse mesmo plano que está levando a empresa a enxugar sua gama de produtos, deixando de atender segmentos inteiros e fechando fábricas como a de São Bernardo do Campo (SP).

“Entendemos que este é um momento desafiador para a nossa equipe, mas essas etapas são necessárias para a Ford ter êxito hoje e prosperar no futuro”, disse a empresa em um comunicado. Dos 7 mil cortes de empregos, cerca de 20% dos cargos eram funções de gerência sênior.

A Ford também está reestruturando seus quadros na Europa, na China e na América do Sul. Na América do Norte, cerca de 500 trabalhadores perderão seus empregos esta semana, mas o total subirá para 800 até o final de junho. Segundo estimativas, os cortes poderiam ter sido muito mais severos. Um analista de Wall Street chegou a prever 20 mil demissões.

Dificuldades da Ford são fruto de transformações do setor

A indústria automobilística dos Estados Unidos sofreu uma turbulência após anos de crescimento constante. As vendas caíram 5% em 2017, segundo a CNN Business, depois de subir mais de dois terços de 2010 a 2016. Além disso, a Ford passou a enfrentar a concorrência mais intensa de montadoras estrangeiras que abriram fábricas nos EUA, reduzindo assim os custos de remessa e prazos de entrega.

Outra mudança importante ocorreu no gostos dos consumidores, que passou dos sedãs e carros menores para SUVs e picapes grandes. Isso forçou a Ford a reagir – com certo atraso, dizem analistas – e repensar a gama. O Focus foi sacrificado e a fábrica que o produzia está sendo adaptada para produzir a Ranger. E uma gama menor de modelos requer menos funcionários.

A Ford não está sozinha nesse movimento. A rival General Motors demitiu cerca de 4.500 trabalhadores desde o início de 2017 e quer chegar a 14 mil cortes. Em março deste ano, a empresa encerrou a produção em Lordstown, Ohio. E reduziu drasticamente as operações em outras plantas nos EUA e Canadá.

Ford brasileira diz que é cedo para falar em efeitos no País

Consultada pelo Jornal do Carro sobre os efeitos das demissões em outras partes do mundo, em especial o Brasil, a Ford brasileira declarou: “Esse é um anúncio global e ainda é prematuro dar mais detalhes sobre os próximos passos na região“.

Atualizado às 16h56

Com Informações Jornal do Carro. 

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