Cada dia mais, a mulher vem promovendo um movimento de reflexão, questionamentos e definições do seu papel na sociedade. Inclusive conquistando espaços, obtendo reconhecimentos e posicionamento. É sem dúvida uma história de muita luta.
Hoje, a mulher aparece em um número cada vez maior, na direção de veículos tanto particulares como profissionais. Exemplo: taxistas, motoristas de caminhões e ônibus. Porém, apesar das várias conquistas obtidas, a maioria das mulheres, bem como a sociedade em geral, não foi capaz de abandonar o antigo modelo de mulher responsável pela casa e pelos filhos.
Mesmo assumindo dois papéis, o profissional e o de “rainha do lar”, a mulher continua buscando novas oportunidades fora de casa. Mas se depara com a desigualdade, nos direitos políticos, sociais, econômicos e civis que na sua maioria beneficia mais os homens do que as mulheres.
O automóvel é um dos ícones da nossa sociedade urbana e determinante na mudança de costumes, estilos de vida e comportamentos. De fato, o carro fez com que nos tornássemos “auto-móveis”ou quem sabe “Mautoristas”. Às vezes nos esquecemos de que se trata de uma máquina e a consideramos quase um membro do nosso corpo, capaz de produzir emoções e reações muitas vezes reprimidas.
Para entender onde nascem essas diferenças é preciso voltar a Sigmund Freud e à Psicanálise. Por estar associado subjetivamente a atributos considerados viris, como velocidade e potência (idéia amplamente reforçada pela propaganda), o carro se presta melhor a ser alvo de um processo de identificação masculina. E onde há identificação, há projeção da própria personalidade. Não por acaso, o homem tende a revestir o carro de significados simbólicos, a ponto de humanizá-lo como se fosse uma garota a ser cuidada ou uma mulher a ser amada.
Os homens, ou pelo menos grande parte deles, se tornam mais profundos quando o assunto é carro: não basta olhá-lo, é preciso vivê-lo e senti-lo com os cinco sentidos. Já as mulheres se permitem usar o veículo e, quando ele deixa de ser adequado às suas necessidades práticas, não hesitam em trocá-lo por outro.
Raramente se ouve falar, por exemplo, de uma mulher que “se apaixonou” por um carro antigo e empregou tempo livre e economias na tarefa de restaurar o veículo. Apesar de existir clubes femininos de “Carros Antigos”, onde as mulheres estão à frente de todo o processo de restauração e divulgação dos seus belos veículos, em feiras e encontros de automóveis antigos.
Se colocarmos homens e mulheres frente a frente para uma conversa para falarem de carros, perceberemos aí as diferenças de como o automóvel é percebido por Eles e Elas. Enquanto eles procuram um modelo potente e veloz, elas querem um produto seguro, prático, com compartimentos diferenciados, designer e cores modernas e, de preferência, fácil de estacionar. Eles adoram o som do motor, elas querem silêncio. No carro deles não há quase nada; no delas, tem de tudo – de batom a peças de roupas, sapatos a guarda-chuva, de revistas a….. Enfim, vocês mulheres sabem muito bem o que estou falando, afinal, devemos estar preparadas para tudo, não é mesmo?
Portanto, as percepções quanto ao automóvel, o nosso papel na sociedade e a convivência no trânsito não é uma questão de sexo ou idade, mas de consciência e cidadania. Penso que quem dirige melhor não é o homem e nem a mulher e sim quem cumpre melhor as leis. Espero que todos nós façamos uma reflexão em relação ao nosso papel na sociedade e no trânsito, independente de sexo, cor e religião, de qualquer forma devemos agir com mais respeito, civilidade e responsabilidade. É nossa hora que mostramos igualdade.
Ana Cristina Maier
Hoje, a mulher aparece em um número cada vez maior, na direção de veículos tanto particulares como profissionais. Exemplo: taxistas, motoristas de caminhões e ônibus. Porém, apesar das várias conquistas obtidas, a maioria das mulheres, bem como a sociedade em geral, não foi capaz de abandonar o antigo modelo de mulher responsável pela casa e pelos filhos.
Mesmo assumindo dois papéis, o profissional e o de “rainha do lar”, a mulher continua buscando novas oportunidades fora de casa. Mas se depara com a desigualdade, nos direitos políticos, sociais, econômicos e civis que na sua maioria beneficia mais os homens do que as mulheres.
O automóvel é um dos ícones da nossa sociedade urbana e determinante na mudança de costumes, estilos de vida e comportamentos. De fato, o carro fez com que nos tornássemos “auto-móveis”ou quem sabe “Mautoristas”. Às vezes nos esquecemos de que se trata de uma máquina e a consideramos quase um membro do nosso corpo, capaz de produzir emoções e reações muitas vezes reprimidas.
Para entender onde nascem essas diferenças é preciso voltar a Sigmund Freud e à Psicanálise. Por estar associado subjetivamente a atributos considerados viris, como velocidade e potência (idéia amplamente reforçada pela propaganda), o carro se presta melhor a ser alvo de um processo de identificação masculina. E onde há identificação, há projeção da própria personalidade. Não por acaso, o homem tende a revestir o carro de significados simbólicos, a ponto de humanizá-lo como se fosse uma garota a ser cuidada ou uma mulher a ser amada.
Os homens, ou pelo menos grande parte deles, se tornam mais profundos quando o assunto é carro: não basta olhá-lo, é preciso vivê-lo e senti-lo com os cinco sentidos. Já as mulheres se permitem usar o veículo e, quando ele deixa de ser adequado às suas necessidades práticas, não hesitam em trocá-lo por outro.
Raramente se ouve falar, por exemplo, de uma mulher que “se apaixonou” por um carro antigo e empregou tempo livre e economias na tarefa de restaurar o veículo. Apesar de existir clubes femininos de “Carros Antigos”, onde as mulheres estão à frente de todo o processo de restauração e divulgação dos seus belos veículos, em feiras e encontros de automóveis antigos.
Se colocarmos homens e mulheres frente a frente para uma conversa para falarem de carros, perceberemos aí as diferenças de como o automóvel é percebido por Eles e Elas. Enquanto eles procuram um modelo potente e veloz, elas querem um produto seguro, prático, com compartimentos diferenciados, designer e cores modernas e, de preferência, fácil de estacionar. Eles adoram o som do motor, elas querem silêncio. No carro deles não há quase nada; no delas, tem de tudo – de batom a peças de roupas, sapatos a guarda-chuva, de revistas a….. Enfim, vocês mulheres sabem muito bem o que estou falando, afinal, devemos estar preparadas para tudo, não é mesmo?
Portanto, as percepções quanto ao automóvel, o nosso papel na sociedade e a convivência no trânsito não é uma questão de sexo ou idade, mas de consciência e cidadania. Penso que quem dirige melhor não é o homem e nem a mulher e sim quem cumpre melhor as leis. Espero que todos nós façamos uma reflexão em relação ao nosso papel na sociedade e no trânsito, independente de sexo, cor e religião, de qualquer forma devemos agir com mais respeito, civilidade e responsabilidade. É nossa hora que mostramos igualdade.
Ana Cristina Maier
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