Ontem, apontamos cinco dos dez erros mais comuns: Apoiar o pé esquerdo na embreagem, atravessar o veículo ao passar no quebra-molas, soltar o veículo na banguela, mão na alavanca de câmbio, segurando a porta ou ainda com o braço para fora do veículo, e dar aquela última acelerada antes de desligar o veículo; Continuando a saga, vamos então aos outros cinco:
1 • Fazer pegar no tranco. Essa prática é desaconselhável sobretudo nos veículos com injeção eletrônica, pois, se a bateria está arriada, sem carga, com menos de 8 volts, a central eletrônica do veículo não vai funcionar, podendo ocorrer que a correia dentada não venha a aguentar o tranco. Uma outra complicação pode vir do combustível que não for consumido, queimado, que pode não ir para o escapamento, mas para o catalisador, danificando-o de forma irreversível, aumentando o prejuízo. Um catalisador novo custa a partir de 400,00, enquanto uma bateria custa em torno de 120,00. Se a bateria arriar e você optar por fazer a chamada chupeta, cuidado para não inverter os polos.
Sérgio Bona Portão
2 • Esquentar o motor. Isto já foi uma recomendação, quando das primeiras conversões de motores para o uso do álcool. Os modernos propulsores, mesmo abastecidos somente com álcool, não precisam ser aquecidos antes de entrar em movimento. A tecnologia já solucionou os problemas de aquecimento, lubrificação e injeção do combustível na medida necessária, sem que tenhamos que esquentar o motor. Recomenda-se acelerar aos poucos e a temperatura ideal será atingida em pouco tempo;
3 • Frear ao se deparar com um buraco. Ensina a direção defensiva que devemos sim desviar de buracos, antecipadamente, mas o que muitos fazem é frear bruscamente e passar no buraco com as rodas travadas, o que faz o impacto ser muito maior, sobrecarregando a suspensão e o sistema de freio. As rodas passam por obstáculos sem sobrecarga e sem maiores avarias se estiverem em movimento, não travadas.
4 • Virar a direção com o veículo desligado, tratando-se de direção hidráulica, é outro erro comum. Quando fazemos isso, acabamos por movimentar o óleo lubrificante que está no motor, podendo ocorrer que a tampa do reservatório seja deslocada, podendo haver até mesmo derramamento do óleo. Da mesma forma, mesmo com o veículo ligado, não se deve deixar o volante completamente virado, esterçado para qualquer dos lados, por tempo superior a 15 segundos. Ao fazer isso, a bomba de óleo da direção é exigida ao máximo, há o aquecimento do óleo, podendo ocorrer danos ao sistema e ruídos;
5 • Apoiar o pneu ao estacionar, no meio-fio, vai fazer com que o peso do veículo seja concentrado em um único ponto, podendo haver deformações na estrutura do pneu, afetando ainda o balanceamento do conjunto roda/pneu. Se necessário, deixe sim a roda virada para o meio-fio, mas sem que o pneu esteja apoiado encostado nele.
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REGRAS DE TRÂNSITO