[Especial] As mais belas estradas do Rio Grande do Norte ( Rodovia RN-117 - Portalegre)

A nossa terceira edição das séries "As Mais Belas Estradas do Rio Grande do Norte, tem como cenário principal a rodovia RN-117, com um olhar direcionado para o município de Portalegre.
  • RN-117
  • Extensão: 217,7 km
  • Origem/Destino: Começa em Mossoró e termina na ligação com a BR-405
  • Por onde passa: Governador Dix-Sept Rosado,Caraúbas, Olho D'Água do Borges, Umarizal, Martins, Serrinha dos Pintos,  Antônio Martins, Alexandria, Tenente Ananias, Caiçara,Paraná e Portalegre.


Portalegre
Portalegre é um município no estado do Rio Grande do Norte(Brasil), localizado no Polo Serranoda Mesorregião do Oeste Potiguar,microrregião de Pau dos Ferros. O município possui, de acordo com a estimativa realizada pelo IBGE no ano 2009, uma população de7 082 habitantes e tem uma área territorial de 110 km².

 O topônimo Portalegre é uma alusão a cidade de Portalegre, capital do Distrito de Portalegre, situada na região do Alentejo, sub-região do Alto Alentejo. Sua denominação original era Regentee desde 1833, Portalegre.

A história da região onde Portalegre situa-se mescla a influência entre os nativos das terras, os índios Paiacu, Tarairiu, portugueses e a expansão da carne do charque.
No final do Século XVII foi registrado o surgimento de Portalegre através do avanço de currais de gado, durante o ciclo econômico da carne do charque, que se estendiam até a várzea do rio Açu/Apodi. O Capitão-mor Manoel Nogueira Ferreira ergueu a primeira fazenda do município pela necessidade de procurar paz e tranquilidade, subindo então para a serra. A terra foi demarcada com um toro de madeira (dormentes).

Daí o primeiro nome da vila ser considerado Serra dos Dormentes. No ano de 1740 a vila teve seus fundadores, os irmãos portugueses Clemente Gomes d'Amorim e Carlos Vidal Borromeu, casado com Margarida de Freitas, filha do Capitão-mor Manoel Ferreira. Em 1752, Dona Margarida de Freitas adoeceu. Ela e seu marido fizeram votos de cura a Nossa Senhora de Santana, construindo uma capela em homenagem à santa pela graça alcançada. O segundo nome de Portalegre veio através dessa devoção, passando a se chamar Serra de Santana.
Depois do abandono das terras devido a morte famílias fundadoras, as estiagens, conflitos entre posseiros e as revoltas indígenas, os irmãos portugueses receberem do governo as concessões da terra, já faziam benfeitorias e, como não havia Títulos ou Cartas de Doação, o Capitão-mor Francisco Martins arrendava as terras pertencentes a Portugal. Por isso, a mudança do nome para Serra do Regente (da Regência).

No dia 12 de junho de 1761, a pedido do governador de Pernambuco, o juiz de Recife, Dr. Miguel Caldas Caldeira de Pina Castelo Branco, foi enviado à vila para demarcar a terra para os índios Paiacu que viviam na ribeira do Apodi. Em 1762, os Paiacu, aldeados na Missão Paiacu (hoje Pacajus- Ceará) vieram acrescentar-se comunidade indígena. Este fato causou conflitos entres os índios e os moradores da vila.
A presença dos índios está registrada no documento datado de 3 de novembro de 1825, que fala da prisão e fuzilamento dos índios na vila de Portalegre. Os índios Luísa Cantofa e João do Pego, incentivadores da revolta indígena contra os moradores da vila, conseguiram escapar. Mais tarde, Cantofa foi assassinada, acompanhada de sua neta Jandi, no momento em que rezava o Ofício. O local do assassinato fica localizado, atualmente, na Bica.
A fundação oficial da vila de Portalegre aconteceu no dia 8 de dezembro do 1761, em virtude da Carta-Régia de 1755 e Alvará-Régio, também de 1755. Segundo Luís da Câmara Cascudo, Portalegre foi a terceira vila a ser fundada no Rio Grande do Norte, sendo antecedida de Nova Extremoz do Norte (região que atualmente pertence a Ceará-Mirim), e da vila Nova Arês.
Portalegre foi destaque na Revolução de 1817, lutando contra o poder imperial. Por esse motivo, é considerada a capital revolucionária do Oeste Potiguar.

Cachoeira do Pinga - Rodovia RN -177

Território

Portalegre tinha uma área inicial de 5.000 km², que englobava toda a Microrregião Serrana do Rio Grande do Norte. A partir de 1963, no entanto, começou a ser desmembrada e deu origem aos municípios de Francisco Dantas, Riacho da Cruz,Viçosa, São Francisco do Oeste e Rodolfo Fernandes. Sua área foi reduzida a 110 km², segundo o censo demográfico de 2003, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A vegetação, na área montanhosa, com altitude média de 650m, é bastante diversificada e a caatinga arbustiva predomina. As espécies mais encontradas são oiticica, pau-d'arco, angico e outras árvores de grande porte. Também registra-se ampla variação climática. A precipitação média anual é de 600 a 700mm.


Economicamente, Portalegre sobrevive dos setores primário e secundário. A redução do território prejudicou o desenvolvimento da pecuária, já que as terras apropriadas para a criação de gado passaram a pertencer a outros municípios, ficando apenas uma área montanhosa. Mas, do pouco que restou, a serra apresenta uma planície propícia para a agricultura, mesmo sendo considerada pequena a produção agrícola de subsistência, com ênfase para mandioca, feijão e milho. Em segundo plano, estão as frutas.
Atualmente, o caju fruticultura do município. Em 2002, segundo dados do IBGE, foram colhidos 2.150 hectares de caju, que possibilitam a produção doméstica de doce, e a comercialização da castanha, hoje o quarto produto na pauta de exportações do Rio Grande do Norte. Na zona rural, plantações de bananeiras, cajueiros, goiabeiras e outras árvores frutíferas ajudam na subsistência da população.
Nossos agradecimento à prefeitura municipal de Portalegre
 Especial em parceria com o blog:Terras Nordestinas-
Dados: Wikepédia/IBGE
Fotos: Assis Barbosa / Reportagem - Renato Cassimiro

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