Reciclagem de veículos pode ser a solução para diminuir frota ultrapassada



Um dos problemas enfrentados pelas grandes cidades com o aumento da frota automotiva, é o aumento da frota inoperante e sucateada, que ficam abandonadas pelas ruas e os poucos que ainda resistem ao tempo, acabam atrapalhando o trânsito. “A idade média dos automóveis no Brasil é de 8 anos e 9 meses, apesar de que temos um grande volume de veículos com idade superior a dez anos que, além de serem poluidores, são os principais causadores de acidentes no trânsito”, afirma o economista especializado em varejo automotivo, Ayrton Fontes.

Segundo Fontes, o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) reduzido ou isento, é o principal motivo que faz esses veículos se manterem em uso.

Reciclagem
De acordo com o economista, em países do bloco europeu, nos Estados Unidos e na Argentina existem programas de renovação de frota com o claro objetivo de tirar de circulação veículos velhos e dar lugar a novos, mais seguros e menos poluentes, com patamar elevado de tecnologias embarcadas. “Normalmente, a iniciativa é acompanhada de desoneração fiscal e bônus especial para o consumidor que entra no programa que, além atender os objetivos primários, incentivando a produção industria”, explica.

Segundo Fontes, até o final de 1994 todos os veículos fabricados no Brasil tinham motor alimentado por carburador, e sem incorporar sistemas para tratamento de emissões, sempre foram altamente poluentes. Só a partir de 1995 esses carros deram lugar aos equipados com injeção eletrônica. “Como iniciar um programa de renovação de mercado tomando como base esses veículos produzidos até 1994, cujo valor não ultrapassa os R$ 6 mil? O proprietário poderia comparecer a um concessionário, entregando o veículo para baixa no Detran estadual. Com o documento de baixa, que declararia a ‘morte’ do carro, o consumidor estaria habilitado a comprar um zero quilômetro com isenção de IPI e ICMS”, comenta.

Fontes ainda afirma que é possível prever um bônus de R$ 1 mil para compensar despesas com licenciamento e seguro. “Incentivo que seria compensado pela venda de materiais como aço e ferro, em especial, obtidos na desmontagem e reciclagem”, completa.

Destino dos veículos
Segundo Fontes, o veículo sucateado poderia serb destinado a um centro de desmontagem regional coordenado pela montadora do veículo ou pela associação de marcas das concessionárias . “A ideia é simples, mas depende basicamente de vontade política. Caberia ao governo definir os incentivos e à iniciativa privada organizar a desmontagem e reciclagem do automóvel”, finaliza.

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