Os meses entre maio e setembro marcam a passagem entre as estações do outono e inverno. Estas estações têm como principal característica o aumento do frio, a diminuição da umidade do ar e a formação de cerrações e neblinas nas baixadas e vales. Para quem dirige seu veículo pelas estradas brasileiras, entre estes meses, constata uma situação bastante adversa com a incidência destes três fatores comuns nesta época. Os perigos de acidentes se elevam e as atuações das polícias rodoviárias no atendimento destes acidentes tornam-se delicadas e perigosas, com a diminuição da visibilidade e aumento da sensação de sono nos condutores. Algumas das maiores tragédias rodoviárias ocorreram nesta época, vitimando condutores, policiais e socorristas. Em alguns casos, as polícias rodoviárias são forçadas a trafegar em comboio, afim de se evitar acidentes.
Frio como fator de sono
A queda da temperatura no meio ambiente representa o primeiro grande perigo na condução de um veículo. O condutor que dirige seu veículo, principalmente durante as madrugadas, sente mais os efeitos do frio. Para combater este desconforto, procura manter as janelas fechadas e utiliza-se dos sistemas de ar quente. Esta combinação de ações traz um certo conforto e o ambiente quentinho dentro de seu veículo ocasiona as manifestações do sono. O condutor começa a bocejar mais, começa a forçar mais a cabeça para manter os olhos abertos, a visão perde foco, os pensamentos ficam desconexos e surge os pequenos desligamentos de lucidez através da mudança de trajetória do veículo. Sem perceber, o condutor mergulha em pequenos cochilos. Os principais acidentes rodoviários ocorrem com o surgimento destes cochilos. O condutor não percebe sua aproximação em relação aos veículos à frente, não percebe que está trafegando em curvas ou derivando de direção. A situação fica mais preocupante em relação aos motoristas profissionais que transportam cargas consideradas de horário e as cargas chamadas “Just in Time”. A grande cobrança das transportadoras para a execução do trabalho exige que os motoristas fiquem mais tempo na direção, o que ocasiona mais cansaço e estresse mental.
Seca e Queimadas
Outro ponto adverso no trânsito está no surgimento das grandes queimadas ao longo das áreas que margeiam as rodovias. Estas queimadas acarretam a incidência de fumaça, que invade a pista e compromete a visibilidade na direção do veículo. Nesta época do ano, com a baixa umidade do ar, a vegetação rasteira ao longo das rodovias se resseca devido aos efeitos da friagem, tornando-se um perigoso combustível. Pontas de cigarro, fósforos acesos e a utilização de fogo para preparo do plantio em áreas próximas às rodovias são os principais motivos para a disseminação de uma queimada, que em poucos minutos pode atingir proporções incontroláveis e colocando em risco a segurança do trânsito.
Neblina e Cerrações
A neblina ocorre quando o vapor de água é submetido a resfriamento, condensando-se e formando uma névoa parecida com uma nuvem, próxima a superfície. Geralmente ocorre em locais que apresentam leitos de rios, vales que apresentam locais para acúmulo de água (lagos), nas regiões costeiras litorâneas e próximos à represas. Quando há o por do sol, o calor retido no solo se propaga para a atmosfera e o ar frio atinge pontos mais baixos. No amanhecer, existe a inversão deste fenômeno, e a combinação entre ambos causa a condensação em gotículas de água.
A formação da neblina pode atingir grandes proporções comprometendo totalmente a visibilidade e colocando em risco de acidente os condutores que trafegam com seus veículos, pelas rodovias nestas condições. Em alguns locais, a polícia rodoviária é obrigada a efetuar o trânsito por comboios, tentando ao máximo evitar os acidentes. A Rodovia dos Imigrantes é um exemplo disto. A concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária são obrigadas a utilizarem deste artifício, nas Rodovias Anchieta e Imigrantes, em São Paulo.
Tragédias Rodoviárias
Grandes tragédias rodoviárias ocorreram sob as situações adversas compreendidas entre os meses de outono e inverno. Em 2002, a Rodovia Castelo Branco foi palco de uma grande tragédia em que o engavetamento de vários veículos terminou com o saldo de 12 mortos, entre eles, policiais militares que efetuavam o socorro de vítimas, e mais de 40 feridos. O acidente ocorreu entre os quilômetros 82 e 89, na região de Sorocaba. A forte neblina foi a causadora do sinistro.
A Rodovia Castelo Branco também foi palco de outro desastre rodoviário, no ano de 2008. A Polícia Militar Rodoviária calculou um número de 30 veículos envolvidos no engavetamento, causado pela neblina. Em 1998, ainda na Castelo Branco, uma acidente envolvendo dez caminhões resultou no saldo de quatro mortos. Três caminhões despencaram no rio Sorocaba.
A Rodovia Dom Pedro I, elo de ligação entre a região de Campinas e o Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, foi o cenário de outro grande acidente rodoviário, em 2007. Um engavetamento envolvendo 15 veículos, entre caminhões, automóveis e carretas terminou com o saldo de onze mortos. A situação só não foi mais grave devido à atuação da Polícia Militar Rodoviária, que conseguiu conter a aproximação de mais de 40 veículos, em um trecho de pouco mais de 4 quilômetros, instantes depois do primeiro acidente. A densa neblina no local, que proporcionava uma visibilidade de menos de dez metros, foi a causadora do sinistro.
Como se comportar em uma situação adversa
O condutor que pretende dirigir nas rodovias, nesta época do ano, precisa seguir algumas pequenas recomendações afim de aumentar sua segurança e evitar os perigos de um acidente. A primeira recomendação se refere às queimadas ao longo das rodovias. Quando o condutor se aproximar de locais em que a fumaça esteja invadindo a pista, deve diminuir gradativamente a velocidade, sem jamais parar sobre a fumaça e avisar imediatamente o Corpo de Bombeiros, através do telefone de emergência. Para se evitar estas queimadas, o condutor não deve jogar pontas de cigarro ou fósforos acesos, ao longo das rodovias.
Em relação ao sono, a principal recomendação é, se sentir sono, o condutor deve parar em um posto de apoio e dormir. Seguir viagem nestas condições é risco de acidente iminente. Não adianta tentar remediar abrindo janelas, mascando chicletes ou tomando café. O corpo precisa de descanso e o sono é seu principal meio de manifestação desta necessidade. O condutor deve realizar breves cochilos com duração entre meia hora e três horas, em um posto de apoio seguro. Este descanso se tornará importante para recobrar a lucidez na direção.
As recomendações sobre o trânsito em rodovias com neblina seguem uma principal premissa. O condutor deve parar seu veículo em um posto de apoio seguro e aguardar que a cerração se dissipe. Caso não seja possível esta parada, o condutor deve acionar os faróis baixos do veículo e transitar em uma velocidade moderada, procurando guiar-se pelas faixas pintadas no asfalto. O condutor jamais deve acionar o pisca alerta.
Frio como fator de sono
A queda da temperatura no meio ambiente representa o primeiro grande perigo na condução de um veículo. O condutor que dirige seu veículo, principalmente durante as madrugadas, sente mais os efeitos do frio. Para combater este desconforto, procura manter as janelas fechadas e utiliza-se dos sistemas de ar quente. Esta combinação de ações traz um certo conforto e o ambiente quentinho dentro de seu veículo ocasiona as manifestações do sono. O condutor começa a bocejar mais, começa a forçar mais a cabeça para manter os olhos abertos, a visão perde foco, os pensamentos ficam desconexos e surge os pequenos desligamentos de lucidez através da mudança de trajetória do veículo. Sem perceber, o condutor mergulha em pequenos cochilos. Os principais acidentes rodoviários ocorrem com o surgimento destes cochilos. O condutor não percebe sua aproximação em relação aos veículos à frente, não percebe que está trafegando em curvas ou derivando de direção. A situação fica mais preocupante em relação aos motoristas profissionais que transportam cargas consideradas de horário e as cargas chamadas “Just in Time”. A grande cobrança das transportadoras para a execução do trabalho exige que os motoristas fiquem mais tempo na direção, o que ocasiona mais cansaço e estresse mental.
Seca e Queimadas
Outro ponto adverso no trânsito está no surgimento das grandes queimadas ao longo das áreas que margeiam as rodovias. Estas queimadas acarretam a incidência de fumaça, que invade a pista e compromete a visibilidade na direção do veículo. Nesta época do ano, com a baixa umidade do ar, a vegetação rasteira ao longo das rodovias se resseca devido aos efeitos da friagem, tornando-se um perigoso combustível. Pontas de cigarro, fósforos acesos e a utilização de fogo para preparo do plantio em áreas próximas às rodovias são os principais motivos para a disseminação de uma queimada, que em poucos minutos pode atingir proporções incontroláveis e colocando em risco a segurança do trânsito.
Neblina e Cerrações
A neblina ocorre quando o vapor de água é submetido a resfriamento, condensando-se e formando uma névoa parecida com uma nuvem, próxima a superfície. Geralmente ocorre em locais que apresentam leitos de rios, vales que apresentam locais para acúmulo de água (lagos), nas regiões costeiras litorâneas e próximos à represas. Quando há o por do sol, o calor retido no solo se propaga para a atmosfera e o ar frio atinge pontos mais baixos. No amanhecer, existe a inversão deste fenômeno, e a combinação entre ambos causa a condensação em gotículas de água.
A formação da neblina pode atingir grandes proporções comprometendo totalmente a visibilidade e colocando em risco de acidente os condutores que trafegam com seus veículos, pelas rodovias nestas condições. Em alguns locais, a polícia rodoviária é obrigada a efetuar o trânsito por comboios, tentando ao máximo evitar os acidentes. A Rodovia dos Imigrantes é um exemplo disto. A concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária são obrigadas a utilizarem deste artifício, nas Rodovias Anchieta e Imigrantes, em São Paulo.
Tragédias Rodoviárias
Grandes tragédias rodoviárias ocorreram sob as situações adversas compreendidas entre os meses de outono e inverno. Em 2002, a Rodovia Castelo Branco foi palco de uma grande tragédia em que o engavetamento de vários veículos terminou com o saldo de 12 mortos, entre eles, policiais militares que efetuavam o socorro de vítimas, e mais de 40 feridos. O acidente ocorreu entre os quilômetros 82 e 89, na região de Sorocaba. A forte neblina foi a causadora do sinistro.
A Rodovia Castelo Branco também foi palco de outro desastre rodoviário, no ano de 2008. A Polícia Militar Rodoviária calculou um número de 30 veículos envolvidos no engavetamento, causado pela neblina. Em 1998, ainda na Castelo Branco, uma acidente envolvendo dez caminhões resultou no saldo de quatro mortos. Três caminhões despencaram no rio Sorocaba.
A Rodovia Dom Pedro I, elo de ligação entre a região de Campinas e o Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, foi o cenário de outro grande acidente rodoviário, em 2007. Um engavetamento envolvendo 15 veículos, entre caminhões, automóveis e carretas terminou com o saldo de onze mortos. A situação só não foi mais grave devido à atuação da Polícia Militar Rodoviária, que conseguiu conter a aproximação de mais de 40 veículos, em um trecho de pouco mais de 4 quilômetros, instantes depois do primeiro acidente. A densa neblina no local, que proporcionava uma visibilidade de menos de dez metros, foi a causadora do sinistro.
Como se comportar em uma situação adversa
O condutor que pretende dirigir nas rodovias, nesta época do ano, precisa seguir algumas pequenas recomendações afim de aumentar sua segurança e evitar os perigos de um acidente. A primeira recomendação se refere às queimadas ao longo das rodovias. Quando o condutor se aproximar de locais em que a fumaça esteja invadindo a pista, deve diminuir gradativamente a velocidade, sem jamais parar sobre a fumaça e avisar imediatamente o Corpo de Bombeiros, através do telefone de emergência. Para se evitar estas queimadas, o condutor não deve jogar pontas de cigarro ou fósforos acesos, ao longo das rodovias.
Em relação ao sono, a principal recomendação é, se sentir sono, o condutor deve parar em um posto de apoio e dormir. Seguir viagem nestas condições é risco de acidente iminente. Não adianta tentar remediar abrindo janelas, mascando chicletes ou tomando café. O corpo precisa de descanso e o sono é seu principal meio de manifestação desta necessidade. O condutor deve realizar breves cochilos com duração entre meia hora e três horas, em um posto de apoio seguro. Este descanso se tornará importante para recobrar a lucidez na direção.
As recomendações sobre o trânsito em rodovias com neblina seguem uma principal premissa. O condutor deve parar seu veículo em um posto de apoio seguro e aguardar que a cerração se dissipe. Caso não seja possível esta parada, o condutor deve acionar os faróis baixos do veículo e transitar em uma velocidade moderada, procurando guiar-se pelas faixas pintadas no asfalto. O condutor jamais deve acionar o pisca alerta.
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Além das causas conhecidas e hipotéticas de queimadas, existe aquela que inicia nas margens das rodovias causada por fuligem incandescente que sai dos escapamentos dos ônibus e caminhões que se encontram com o motor desregulado. Vejam no Google "Queimadas no Brasil: Causa real nas rodovias"- Edmar- Itabira- MG
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