De cada 10 acidentes de trânsito, 7 envolvem motociclistas

De cada dez acidentes de trânsito ocorridos no país em 2012, sete envolvem motociclistas. Segundo o Denatran, a frota de motos em todo o Brasil cresceu quase 400% nos últimos 10 anos, duas vezes mais do que a de veículos. Para o órgão, o maior número de motocicletas nas ruas das cidades brasileiras eleva a quantidade de acidentes envolvendo seus condutores. Em 2011, 48% das internações em hospitais públicos foram de motociclistas, de um total de 153 mil, aponta o Ministério da Saúde.

Nos primeiros noves meses de 2012 (janeiro a setembro), foram pagas 355.647 indenizações do Seguro DPVAT em todo território nacional. Um crescimento de 39% se comparado ao mesmo período de 2011. Na divisão por tipo de veículos, 69% foram indenizações para acidentados com motos, 25% com carros de passeio, 4% caminhão e 2% ônibus e microônibus. A indenização pode ser solicitada por qualquer pessoa ou familiar em casos de morte, invalidez permanente ou reembolso de despesas médicas ou hospitalares devido a acidentes de trânsito (saiba mais sobre o DPVAT aqui).

O aumento do número de motos, que, por sua vez, elevou o número de acidentes, também provocou o crescimento de uma outra estatística, a da taxa de mortalidade. A quantidade de óbitos em acidentes com motos subiu 21%, de 8.898 em 2008 para 10.825 em 2011. Atualmente, o número de motociclistas mortos no trânsito é de 5,7 para cada grupo de 100 mil habitantes. A estatística supera o número de pedestres mortos, 5,1, e as vítimas de outros veículos, 5,4, que engloba carros de passeio, ônibus e caminhões.Nesse ritmo, os custos com internações passaram de R$ 2,29 milhões, em 2008, para R$ 4,6 milhões em 2011. .

Homens entre as maiores vítimas

A maioria das vítimas é formada por homens, com idades entre 18 e 34 anos, ou seja, em idade economicamente ativa, segundo dados da Seguradora Líder DPVAT, administradora do Seguro DPVAT no Brasil. "Existe, nesse caso, o fator preponderante da profissão (motoboys), que é mais do sexo masculino", explica Angela Amparo, assessora de Relações Institucionais da Seguradora.

Os motivos para os acidentes com motos no trânsito são variados, mas o principal problema aponta para a imprudência. No Brasil inteiro, são 17 milhões de motocicletas nas ruas, mas apenas 1,4 milhões de pessoas estão habilitadas a conduzi-las. Na Rio Grande do Norte, não há registros de quantos trafegam sem a autorização dos órgãos de trânsito.

Grande parte não tem habilitação e essas pessoas desconhecem regras básicas de conduta no trânsito e não tiveram a preparação necessária para conduzir uma motocicleta.

Nas ruas de Natal, o comportamento inadequado de muitos motociclistas chama a atenção. Não é difícil, em circulação pela cidade, encontrar motos que trafegam nos corredores que se formam entre os carros - o que é proibido, já que, uma moto deve ocupar o mesmo espaço de um carro -; ou mesmo flagar mais de uma pessoa na carona ou condutores sem capacete.

Sobre o despreparo dos motociclistas, a imprudência é o principal fator de acidente. O que temos pedido sempre é que se evite a pressa no trânsito, que leva ao excesso de velocidade em um espaço cada vez menor nas ruas, o que acaba desencadeando essa guerra entre motos e veículos.

Leis de trânsito

A legislação de trânsito é clara quando obriga todos os motociclistas a usarem o capacete. O equipamento é de extrema importância para evitar lesões e fraturas na cabeça, tendo em vista que os condutores de motocicleta, pela falta de proteção desse tipo de veículo, estão muito mais expostos do que os motoristas dos carros. O código não fala da obrigatoriedade de jaquetas, luvas e joelheiras, o que fica como uma dica para se proteger.

As falhas do código de trânsito, que exige mesma carga horária e disciplinas nas aulas de formação de condutores de motos e veículos. Existe um projeto no Denatran para melhorar a formação dos condutores, com carga horária e disciplinas adequadas a cada especificidade.

Enquanto as modificações não são realizadas e os cursos e campanhas feitas pelos órgãos que disciplinam e tratam do trânsito pouco interferem na redução das estatísticas, o mais indicado é ficar atento às dicas para evitar acidentes.

É importante evitar excesso de velocidade, respeitar as leis de trânsito, dar manutenção à moto e não responder às provocações, fechadas e insultos. O trânsito precisa ser mais humanizado.

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