Preparem os bolsos, motoristas! Preço da gasolina vai subir em 2013, afirma ministro da Fazenda

Com informações do O GloboO ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que “certamente” haverá aumento nos preços de combustíveis em 2013, ao mesmo tempo em que adiantou que o governo fará reduções permanentes de tributos no próximo ano, durante encontro com jornalistas em Brasília.

- No momento adequado, a Petrobras anunciará aumento de gasolina. Certamente, haverá um aumento em 2013. Todo ano tem aumento. Não tem nada de excepcional nisso. Este ano teve aumento. Teve aumento de gasolina e de diesel e terá também no próximo ano - afirmou, durante café da manhã com jornalistas.

Ele observou, no entanto, que o governo pode esperar também que o "preço internacional do petróleo venha a cair".

- Também é uma possibilidade. Então, temos que olhar todas as possibilidades - disse.
O ministro afirmou que não sabe em que momento haverá elevação de preços.

- Haverá um aumento no momento adequado que eu não sei quando é. Mesmo se soubesse, não diria, porque isso mexe com o mercado.

Mantega disse também que se pode esperar queda dos preços internacionais de petróleo em 2013. O ministro afirmou ainda que avalia que 2013 será um ano de retomada do crescimento da economia e que o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) deverá crescer cerca de 4%. A seu ver, 2012 foi um ano difícil, porém de grandes realizações, de grandes reformas estruturais.

— As reformas estruturais não têm efeito imediato e não trazem felicidade imediata. É verdade, não conseguimos o PIB que queríamos. Mas nós e toda a torcida internacional. Ninguém conseguiu no mundo, nem a China, nem os mais avançados, conseguiu obter a taxa de crescimento que queria. Portanto, é uma situação de crise que coloca incertezas e frustrações — afirmou, durante café da manhã com os jornalistas.

O ministro considerou que, apesar da crise internacional, o Brasil está passando por reformas impensáveis algum tempo atrás. Ele ressaltou que o país está eliminando distorções estruturais, relacionadas aos juros e ao câmbio.

— Quando falamos em juro excessivo, estamos falando em penalização da produção e do consumidor. Distorção de câmbio, que também penaliza a produção, e distorção tributária. O Brasil convivia com essas três grandes distorções — disse.

Ele ressaltou o fato de o país ter uma despesa alta com pagamento de juros da dívida.

— O Brasil é o país que pagou o maior serviço da dívida sobre o PIB do mundo durante décadas. Imagine quanta energia nós perdemos com isso. Para não ir muito longe, no ano passado, o serviço da dívida, o pagamento dos juros para rolagem, a manutenção da nossa dívida pública, foi 5,8% do PIB. Hoje, a Itália, que está com dificuldades, tem serviço da dívida de 2,9%. Eles já acham um absurdo, porque vão aumentar dívida pública deles e vão ficar com situação complicada.

Mantega ainda defendeu as medidas tomadas ao longo de sua gestão, uma semana após a revista “The Economist“ sugeriu que a presidente Dilma Rousseff deveria demitir o ministro da Fazenda.

— É quase um milagre o que fizemos nos últimos anos. Vou completar sete anos (como ministro) em março. Desde que sou ministro, a economia cresceu de 2006 a 2011 a uma média de 4,2%, ou seja, é o maior crescimento das últimas décadas, com uma crise violenta no meio do nosso caminho.

Crescimento da economia no próximo ano

Guido Mantega disse também que não espera qualquer contribuição da Europa para o crescimento da economia em 2013.

- Da Europa, não espero nenhuma boa notícia. Se você olhar o terceiro e quarto trimestre, é desaceleração. Está em recessão, com crescimento negativo, e a locomotiva da Europa está com forte desaceleração, que é a Alemanha - disse.

Ele observou que a Alemanha deverá ter crescimento de 0,7% este ano e de 0,4% em 2013. O ministro observou ainda que espera uma melhora dos Estados Unidos, que começa a apresentar melhora no setor imobiliário e no consumo, e que a China também começou a ter alguma aceleração.

- Isso é bom para nós também porque a china é um parceiro comercial importante para o Brasil. Isso também é uma boa notícia.

O ministro considerou que "a maior frustração" foi o investimento, que demorou a retomar em 2012.
- Quando tem crise, recua. O investimento é o primeiro que recua na crise, e, depois, acelera mais que nas outras atividades. Em 2009, o investimento caiu 6,7% em relação a 2010. Este ano deve cair 2%, portanto cair menos, e o ano que vem deve crescer 8%. Em 2010, ele teve crescimento excepcional, de 21,5%.

Redução do custo da energia

O ministro da Fazenda afirmou que o governo deverá ter uma despesa entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões para bancar a redução de 20% do custo da energia elétrica no Brasil a partir do ano que vem.

- Tem R$ 30 bilhões de indenização que vamos dar. Isso é caixa das empresas. Então, elas terão um caixa alto para fazer investimento. Estamos definindo isso, mas é um ativo que elas têm. Vai estar contabilizado. Em parte, vai ser à vista e, em parte, a prazo. Vai ter mais entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões para bancar essa diferença das empresas que não entraram na concessão _ disse.

No último dia 6, a presidente Dilma Rousseff informou que o Tesouro Nacional bancaria a redução do custo de energia elétrica no país para cobrir a diferença gerada pela não adesão das concessionárias de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Mantega observou que a forma como isso será feito ainda está em definição.


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