Na manhã desta quinta-feira (18), uma equipe da Semurb realizou o tamponamento da tubulação, impedindo que o lançamento do óleo continue para a rede de drenagem pública, responsável por levar a agua da chuva até o Rio Potengi. Os canos que estavam sob o asfalto foram removidos e a ligação clandestina desfeita. “São colocadas buchas na tubulação e logo depois fechadas com cimento”, explica o supervisor de fiscalização da Semurb, Evânio Mafra.
Ainda segundo Mafra, a empresa fazia o refino de óleo e lubrificantes usados em postos de gasolina e outros estabelecimentos. No entanto, estava proibida de funcionar devido a uma série de problemas de segurança como a ausência de extintores de incêndio e questões ambientais, como a caixa separadora de água e óleo deficiente e sistemas de contenção de vazamento inadequado, além da ausência de licença ambiental.
A Semurb foi acionada na tarde da última sexta-feira, pela Companhia de Proteção Ambiental da Polícia Militar (Cipam) informando sobre o vazamento de óleo nas proximidades da Escola Juvenal Lamartine. “No local os fiscais constataram o derramamento de quase 3m³ de substância oleosa. Só foi possível fazer a contenção de parte do vazamento que estava na superfície com pó de serra, material absorvente que é despejado e logo após recolhido e armazenado em toneis ”, explica o fiscal.
O óleo derramado na via é popularmente conhecido como “óleo queimado”, e não pode ser descartado no meio ambiente, por isso são destinados a empresas de rerrefino para voltar ao mercado nas mesmas qualidades do refino. Segundo Evânio Mafra, o proprietário da empresa fazia o recolhimento do óleo para destinar ao rerrefino, no entanto, os fiscais ainda estão verificando se a empresa está autorizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
A empresa recebeu multa pecuniária grave por descumprir a interdição e o caminhão tanque foi apreendido e removido do local.
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