Prática comum e necessária
nos veículos mais antigos, esquentar o motor do carro antes de sair é
uma medida dispensável nos carros mais novos. Além de desperdício de
tempo, os minutos perdidos acelerando só fazem aumentar o consumo de
combustível.
Em carros antigos,
com carburador, o ajuste do motor não tinha muita precisão e acelerar o
carro para aquecê-lo era quase uma regra, especialmente em dias frios.
“No início do funcionamento eles apresentavam deficiência na
lubrificação do sistema e desequilíbrio na mistura ar/combustível,
causando maior atrito entre as peças, trancos e podendo até fazer o
motor desligar”, explicou Renato Romio, chefe do Laboratório de Motores
do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Paulo.
Com o passar dos anos e da tecnologia,
esse ajuste foi ficando mais preciso e nos veículos equipados com
injeção eletrônica, esse procedimento não tem mais serventia. A
lubrificação e a dosagem para a mistura ar/combustível já estão
programadas. Além disso, a eficiência da bomba de óleo e gasolina, se
comparada com as antigas, proporciona o desempenho adequado mesmo com o
motor frio. Com isso, não há necessidade de aquecer o carro pela manhã.
Apesar disso, lembra Romio, não se deve exagerar com o motor logo
após a partida. “Deve-se utilizar o bom senso e não abusar de altas
rotações e velocidades. O motor não esquenta instantaneamente, ele
precisa de alguns minutos, mas esse ajuste vai sendo feito com o carro
em movimento. Apenas não é mais necessário ficar com o carro parado,
aguardando”, concluiu o especialista.
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REGRAS DE TRÂNSITO