Mitos e verdades sobre abastecimento de combustível

Belisa Frangione



Atenção! O hábito de encher o tanque até a “boca”, quando o combustível quase transborda, pode prejudicar um dispositivo importante do sistema. Porém, não alternar gasolina e etanol em um veículo flexível não trará problema nenhum. Veja dicas de especialistas sobre o que é certo ou errado na hora de abastecer.

Encher o tanque até a ‘boca’ causa problema?
Sim. Segundo o coordenador técnico de combustíveis da rede Ipiranga, Ricardo Rocha, a prática pode prejudicar o cânister, um filtro de carvão que recebe os vapores de combustível. “Como o filtro só pode receber vapor, é preciso garantir que não chegue combustível até ele.”

É permitido abastecer um veículo de motor 1.0 com gasolina de alta octanagem?
Sim. Segundo o diretor da AEA Edson Orikassa, é até mais vantajoso. “A alta octanagem permite maiores taxas de compressão e explode melhor, beneficiando qualquer tamanho de motor.”

Gasolina na carroceria causa corrosão?
Não. No entanto, Silvio Cândido diz que podem ocorrer danos na pintura. “A gasolina pode até proteger a chapa metálica de oxidações, porém, quando cai diretamente na pintura, causa manchas”, reforça Edson Orikassa.

Em automóveis flexíveis, é essencial alternar periodicamente o abastecimento entre gasolina e etanol?
Não. Especialistas explicam que os veículos flexíveis são projetados para operarem tanto com gasolina quanto com etanol, sem limitações quanto ao abastecimento.

Um veículo frequentemente abastecido com gasolina comum pode receber a aditivada?
Sim. Rocha afirma que o aditivo presente mantém limpo o sistema de injeção e válvulas, permitindo que o motor opere nas condições de especificação do fabricante e reduza as emissões.

É recomendável o carro receber gasolina com a quantidade de etanol acima do permitido?
Não. Orikassa e Cândido dizem que apesar das calibrações aceitarem pequenas variações, etanol acima do especificado causa funcionamento irregular do motor e fadiga de algumas peças.

Colocar pequenas quantidades de combustível em vez de completar o tanque de uma vez ou rodar com ele na reserva são hábitos que podem danificar o sistema?
De acordo com o diretor técnico da AEA, Edson Orikassa, o maior risco ocorre quando o nível está baixo. “Se houver alguma impureza no fundo do tanque, ela poderá ser arrastada.” Por esse motivo, o especialista não recomenda a prática de só completar um quarto do tanque quando o combustível já estiver acabando.

Deixar combustível antigo no tanquinho é prejudicial?
Sim. De acordo com o diretor do Sindirepa, Silvio Cândido, a prática causa problemas posteriores. “Há casos que em que há travamento de válvulas por deixar esse combustível velho demais.”

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